SEGUIDORES...

26 de janeiro de 2010

Dinâmicas de volta as aulas


Muitos autores têm afirmado que as scolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Cada vez mais percebemos a importância da educação ser pensada como meio de promover a própria vida.
Infelizmente, o currículo atual da maioria das escolas ainda prioriza o desenvolvimento cognitivo, o conteudismo, excluindo a emoção humana e o afeto do processo ensino-aprendizagem.Para que tenhamos uma educação mais humanista se faz necessário que o educador abandone as velhas concepções de ensino e busque uma nova visão que possa construir uma sociedade mais justa, democrática e solidária.É necessário que o professor invista na formação de vínculos afetivos, acreditando na pessoa e compreendendo seus limites individuais. O educador precisa recuperar a afetividade na escola, não somente o afeto que consola, mas também o afeto que impulsiona, pois aponta caminhos e reconstrói a esperança num mundo melhor.Nos primeiros dias de aula é fundamental sondar as expectativas do grupo e integrá-lo. Portanto, inicie de forma acolhedora e afetiva, assim ficará mais fácil planejar aulas onde os sentimentos estejam presentes e não só a razão.
“Escola é, sobretudo, gente,gente que trabalha, que estuda,que se alegra, se conhece, se estima.A escola será cada vez melhorna medida em que cada umse comporte como colega, amigo, irmão.Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade,é criar ambiente de camaradagem,é conviver, é se 'amarrar nela'!”(Paulo Freire)

Sugestões de atividades práticas:

Painel de boas vindas interativo:
Muitos professores do 1°ciclo do ensino fundamental passam horas desenhando murais e painéis para ornamentar a sala de aula. Já os docentes do 2°ciclo raramente se preocupam com isso. Sugerimos que haja um equilíbrio e que o acolhimento seja interativo e esteja presente em todas as classes.

A VIAGEM
Objetivos:
- Levantar as expectativas dos alunos em relação ao ano letivo;
- Acolher o novo grupo;
- Ornamentar a sala de aula de maneira significativa.
Procedimento:
O professor afixa na parede da sala um painel com uma paisagem de fundo. No mesmo deve estar escrito: Sejam bem-vindos a viagem do saber!
A paisagem de fundo pode ser: marítima, celeste, florestal, etc...
A proposta é construir o painel com o grupo.
Sendo paisagem marítima, propor que cada aluno faça a dobradura de um barco e imaginem a viagem decorando-o livremente e escrevendo uma palavra ou frase o que espera alcançar durante a mesma, ou seja, quais são suas expectativas em relação ao ano letivo.
Sendo celeste podem ser confeccionados pequenos aviões de papel.
O fundo florestal permite que cada um escolha um animal ou planta com o qual se identifica e construa da mesma forma: dobrando, recortando, colando...
O importante é que os alunos expressem seus sentimentos e desejos. Com tudo pronto oportunizar um momento agradável onde cada um prenderá o que construiu no painel de boas-vindas interativo, apresentando-se à turma.

TEIA DE ARANHA
Objetivo:
- Estimular o entrosamento entre os alunos.
Procedimentos:
Propor que os alunos fiquem em pé, forando um círculo.
Entregar um rolo de barbante ou cordão.
Solicitar um voluntário para iniciar a tarefa sugerindo que o mesmo escolha um membro do grupo para entregar uma outra parte do cordão e receber uma mensagem sua.
Sucessivamente um vai abrindo o rolo e entregando a um colega até que todos tenham recebido a mensagem e o cordão, formando assim a teia de aranha.
Em um segundo momento, com todos sentados levantar a questão: O que pode e não pode ter em nossa teia? Listar as opiniões dos alunos para a confecção de um painel de combinados da classe.
Para encerrar permitir que os alunos ilustrem o painel através de uma técnica artística: desenho, recorte, colagem, dobradura, etc...

QUE MÚSICA VOCÊ É?
Objetivo:
Propiciar a apresentação dos alunos de forma descontraída;
Levar os participantes a identificarem seus ritmos e gêneros musicas, assim como refletirem sobre a importância de respeitar as preferências alheias.
Procedimentos:
Solicitar aos alunos que escolham dentre as músicas que conhecem e gostam um trecho que, de alguma forma, o represente.
Cada um deve cantar o trecho escolhido para a turma.
O professor/dinamizador da atividade tem o papel de sondar se todos já ouviram aquela música, quem é o cantor(a), qual gênero musical, por que foi escolhida, se alguém não gosta, etc. A regra é não repetir as músicas já apresentadas e respeitar as preferências dos colegas.
Com todos devidamente apresentados pedir que sistematizem no papel criando um cartaz de sua apresentação.
Com todos os cartazes prontos criar um painel para sala de aula: “Somos como músicas”.
ÁRVORE DOS SONHOS
Representar uma árvore no papel pardo ou cartolina; afixá-la no painel ou parede. Em cima da árvore, escrever uma pergunta relacionada com o assunto (pode ser sobre questões ambientais, regras de convivência, o ambiente escolar etc) que será tratado durante o bimestre, trimestre... Ex.: Como gostaríamos que fosse...?
Cada criança receberá uma "folha da árvore" para escrever seu sonho, o sonho é o que a criança espera que "aconteça de melhor" para o assunto em questão. Depois, pedir para cada criança colocar sua folha na árvore dos sonhos.
Obs: Esta atividade poderá ser retomada durante o período que for trabalhado o assunto, ou ao final do período para que haja uma reflexão sobre o que eles queriam e o que conseguiram alcançar.

DA CONFUSÃO À ORDEM
Estas atividades são ideais para que a criança perceba a necessidade da organização para o bom desempenho das atividades. O professor pode, a partir da fala das crianças, levantar algumas regras para a organização em sala de aula.
Pedir para que as crianças, todas ao mesmo tempo, cantarem uma música para o seu companheiro do lado (esta atividade gerará um caos); depois pedir a um aluno que cante a música dela para a classe. As crianças perceberão como o caos é desagradável e como a ordem tem um sentido.
O professor poderá levantar com as crianças outras situações vividas onde a organização é essencial.

O LAGO DE LEITE
(Despertar no aluno o prazer do trabalho em conjunto e a importância da ação individual na contribuição com o todo.O professor poderá falar um pouco sobre o trabalho na série, para que as crianças entendam a importância do envolvimento de todos para a realização do mesmo).
Em um certo lugar no Oriente, um rei resolveu criar um lago diferente para as pessoas do seu povoado. Ele quis criar um lago de leite, então pediu para que cada um dos residentes do local levassem apenas 1 copo de leite; com a cooperação de todos, o lago seria preenchido. O rei muito entusiasmado esperou até a manhã seguinte para ver o seu lago de leite. Mas, tal foi sua surpresa no outro dia, quando viu o lago cheio de água e não de leite. Em seguida, o rei consultou o seu conselheiro que o informou que as pessoas do povoado tiveram o mesmo pensamento: "No meio de tantos copos de leite se só o meu for de água ninguém vai notar..."
Questionar com as crianças: Que valor faltou para que a idéia do rei se completasse? Após a discussão é interessante que os alunos construam algo juntos, como por exemplo: o painel da sala. A sala pode ser decorada com um recorte que, depois de picotado, forma várias pessoas de mãos dadas, como uma corrente.

Projeto Cordel




Justificativa:
É muito rica e diversificada a produção cultural de um povo; mas o nordestino é especial. No entanto, talvez o nosso maior problema seja a não valorização daquilo que temos. É mais propício aceitar o que a mídia propõe do que explorar o que está em nosso dia-a-dia.
O Brasil é um país composto de muitas raças, cultos, tradições e arte muito rica. Podemos citar inúmeras manifestações da arte/cultura da música, dança, artes plásticas e entre elas a literatura. Vários autores renomados também são lembrados todos os dias.
O sucesso de algumas obras e seus autores é notório, mas, no nordeste, autores anônimos para o resto do país são verdadeiras celebridades no cenário regional.
A literatura de cordel conta de maneira simples a vida do sertanejo, o amor, a liberdade, a natureza, o folclore, a política, religião, enfim, todas as manifestações importantes na vida do nordestino e da nação em prosa e verso.
A literatura de cordel é exatamente isso – cultura popular. Os versos estão sempre relatando acontecimentos, fatos políticos, artísticos, lendários, folclóricos ou pitorescos da vida como ela realmente é. Sua produção é simples como o povo; não requer tanto "estilísmo" ou "formalidades"; sua abrangência alcança todos as classes sociais. Assim, o que falta é o reconhecimento e a valorização. Ao propor este trabalho para os alunos em sala de aula, estaremos oferecendo um leque de recursos que os ajudarão em várias carências de aprendizagem, como a produção textual, a leitura, a escrita, a linguagem não verbal (na análise da xilogravura), apreciação artístico-literária e um universo para a socialização e cidadania, principalmente, no campo da Literatura. É um campo de estudo pedagógico onde os professores terão subsídios – didáticos para trabalhar vários tipos de conteúdos, pois estes podem ser adotados aos objetivos que forem traçados. Ao mesmo tempo é uma oportunidade para que este ramo da literatura popular tenha uma chance de aceitação e valorização; fazendo despertar entre as pessoas o gosto pela preservação dos nossos artistas e da cultura nordestina nas escolas.
Frente à riqueza da literatura brasileira e o pouco reconhecimento de sua importância no cenário nacional, vimos à necessidade de publicar o presente projeto, visando despertar interesse e respeito pela literatura regional.
Público alvo: Alunos a partir do 4º ano do Ensino Fundamental.
Duração: Aproximadamente 2 semanas.


Objetivos:• Reconhecer a diversidade literária no Brasil;
• Conhecer a literatura característica do Nordeste;
• Valorizar e respeitar a multiculturalidade própria do nosso país e os significados e coletividades, experiências comunitárias, e o imaginário do folclore, presente na produção do cordel;
• Conhecer uma rica manifestação da nossa literatura (nordestina) caracterização de valores pedagógicos (leitura, escrita e métrica dos versos) na utilização do Cordel;
• Possibilitar o aluno o conhecimento da linguagem cordelista, enfocando a cultura nordestina em prol da valorização das nossas raízes;
• Promover uma aproximação do aluno com a cultura popular nordestina;
• Estimular um olhar crítico e simultaneamente poético sobre a realidade sertaneja;
• Discutir com os alunos como a Literatura de Cordel, até por sobrevivência acaba de incorporar inovações da industrial cultural o que a torna mais rica e diversificada.
• Confeccionar mapa localizando a abrangência da literatura de cordel no Brasil;
• Elaborar textos narrativos;
• Confeccionar e ilustrar os folhetos de acordo com as narrativas;
• Organizar exposição de trabalhos;

Metodologia:
• Pesquisas;
• Propor aos alunos uma oficina de literatura, utilizando o cordel, como estudo.
• Estudar o cordel, a origem, a historia, a métrica.
• Desenvolver um projeto "resgatando o cordel" para ser apresentado em sala de aula.
• Assistir vídeos onde a linguagem utilizada seja em forma de cordel.
• Utilizar filme "A Quenga e o Delegado" inspirado no cordel de Antonio Kelvisson Vianna de Lima, onde mostra a linguagem do cordel, narrativa estrutura em versos e rimas e assim desenvolver o interesse do aluno sobre a linguagem cordelista.
• Aproveitar o teor do filme "A Quenga e Delegado" para fazer um painel enfocando questões como a seca, condições de trabalho no campo, diferença social, as crenças populares, a religiosidade do sertanejo, o mito, o lendário e a vinculação de críticas sociais e políticas. A temática principal deste gira em torno do interesse popular.
• Elaboração de textos;
• Confecção de folhetos;
• Exposição.
A literatura de cordel nas escolas não é muito conhecida nem explorada, pois a mesma é vista de forma avessa pelos os alunos, não trazem consigo o sabor de que "Literatura é vida, é arte" devido essa percepção a respeito da falta de divulgação e conhecimento sobre literatura de cordel nas salas de aulas , tornou-se necessário que os alunos conheçam a riqueza que existe nos versos da literatura da cordel para que possam produzir textos, enriquecer como leitor e conhecer uma das mais ricas manifestações da língua.

Sugestão de Desenvolvimento:

Etapas Ações
Pesquisar sobre o tema Os alunos irão para a biblioteca pesquisar a literatura de cordel.
Mapas Localizar no mapa do Brasil a região onde a literatura de cordel é mais presente;
Escolha de tema para elaborar textos Depois da pesquisa cada aluno irá escolher um tema para elaboração de texto narrativo auxiliados pela professora de português;
Confecção dos cordéis Os alunos com os textos já elaborados irão confeccionar os cordéis, ilustrar de acordo com a narrativa.
Exposição dos trabalhos Finalizando o projeto, os alunos farão uma exposição dos trabalhos elaborados por eles no estilo feira do Nordeste, isto é, em varais presos com prendedores de roupa para a apreciação do público.
OBS: Sempre cabe aos professores analisarem os objetivos, estudarem o tema e adaptarem as propostas de atividades aos interesses, necessidades e faixa-etária de seus alunos.

1 - A origem da literatura de cordel
Do romanceiro popular português originou-se a literatura de cordel começou a ser divulgada nos séculos XVI e XVII, trazida pelos colonos portugueses cuja venda era privilégio dos cegos . A partir do século XIX o romanceiro nordestino tornou-se independente, com característica própria, esse nome surgiu a partir de um cordel ou barbante em que os folhetos eram pendurados em exposição. Na origem, a literatura de cordel se liga à divulgação de histórias tradicionais, narrativas de épocas passadas que a memória popular conservou e transmitiu. Essas narrativas enquadram-se na categoria de romance de cavalaria, amor, guerras, viagem ou conquista marítimas. Mais tarde apareceram no mesmo tipo de poesia a descrição de fatos recentes e de acontecimentos sociais contemporâneos que prendiam a atenção da população.
Na Espanha, o mesmo tipo de literatura popular era chamada de "pliegos sueltos", o corresponde em Portugal, às folhas volantes, folhas soltas ou literatura de cordel. No México, na Argentina, na Nicarágua e no Peru há o corrido, compõe-se em geral de dois grupos: os de romance tradicionais, com temas universais de amor e morte, classificados em profanos, religiosos e infantis; e os corridos nacionales, com assuntos patrióticos e políticos estes últimos os menos cantados.
Na França, o mesmo fenômeno corresponde á "litteratue de colportage", literatura volante , mais dirigida ao meio rural, através do "occasionnels", enquanto nas cidades prevalecia o "canard".
Na Inglaterra os folhetos são semelhantes aos nossos eram correntes e denominados "cockes" ou "catchpennies", em relação aos romances e estórias imaginarias; e "broadsiddes" relativos às folhas volantes sobres fatos históricos , que equivaliam aos nossos folhetos de motivação circunstaciais. Os chamados folhetos de época ou "acontecidos".
Na Alemanha, os folhetos tinham formato tipógrafos em quarto e oitavo de quatro e a dezesseis folhas. Editados em tipografias avulsas, destinavam-se ao grande público, sendo vendidos em mercados, feiras, tabernas, diante das igrejas e universidades. Suas capas (exatamente como ainda hoje , no Nordeste brasileiro) traziam xilogravuras, fixando aspectos do tema tratado. Embora a maioria dos folhetos germânicos fosse em prosa, outros apareciam em versos, inclusive indicação, no frontispício, para ser cantado com melodia conhecida da época.
No Brasil não mais se discute a literatura de cordel, nos chegou através dos colonizadores lusos, em "folhas soltas" ou "manuscritos". Só mais tarde, com o aparecimento das pequenas tipografias, fins do século passado a literatura de cordel se fincou raízes sobretudo no Nordeste justamente para provar que é uma literatura bem popular, surgem também os chamados repentistas, que criam as letras na hora, de acordo com o pedido da platéia que lhes dão o assunto, e os cantadores obedecem geralmente cantam em dupla, e esses tem revelado os escândalos sociais e políticos e econômicos que nos últimos anos têm nos castigados.O cordel uma das peculiaridades da cultura regional.
A custa de muita luta, tanto os que cantam como os que escrevem o cordel, tem sobrevivido. Graças à vontade de fazer algo diferente o cordel tem rompido barreiras que pareciam intransponíveis, para poder ocupar o lugar que esta sendo habitado por coisas que não são do nosso pais.

2 - Literatura de Cordel
Os folhetos de cordel brasileiro, com seus múltiplos temas e expressiva forma de composição poética, têm sido objetos de estudo para pesquisadores do nosso país e também estrangeiros. Os textos de cordel poeticamente estruturados tendo como a sextilha como estrofe básica, são ilustrados com xilogravuras , chichês de cartões postais, fotografias, desenhos e outras composições gráficas e oferecem farto material para pesquisas ensejando variadas interpretações que remetem para o contexto sócio-cultural em que se inserem cada texto. Assim, os folhetos sobre os mais diversos temas, tradicionais ou contemporâneos são versejados por inúmeros poetas populares, estabelecendo-se relações icônico-textuais significativas, ou outras intratextuais.
Como se sabe , esta riquíssima e sugestiva expressão literária popular, que encontrou campo fértil campo no Nordeste brasileiro, só pode ser bem compreendido dentro do contexto cultural mais amplo, envolvendo suas origem européia ou orientais, até a produção atual, de modo a se ter uma visão mais ampla dos seus temas e formas de expressão e das transformações por que vêm passando, no nível da estrutura da narrativa.
Literatura de cordel é o nome desse meio de oferece literatura popular, originou-se no fato dos vendedores, dependurarem pequenos livrinho em barbantes ou cordões, geralmente confeccionados nos tamanhos de 11x15cm ou 11x17 cm e, de papel de baixa qualidade, e tinham suas capas com ilustrada com xilogravuras na década de 20e anos 30 e 50, surgiam as capas com fotos de estrelas do cinemas americano. Atualmente, ainda o mesmo formato, embora possam ser encontradas em outros tamanhos. Quanto à impresão substituindo a tipografia do passado, hoje também são usadas as fotocópias, é comum encontrar os vendedores colocá-los em cima de caixotes ou esteiras, nas calçadas. Esses vendedores também costumam aparecer em feiras semanais. A literatura de cordel esta dividida em três tipos: folhetos que contenham oito páginas, romance que possuem de dezesseis a vinte e quatro páginas; e estórias de trintas e dois a quarenta e oito páginas.
De um modo geral, sua apresentação gráfica é bastante modesta, pois o preço é baixo, uma vez que se destina a camada mais baixa da população.
Esses livros narram os mais diversos assuntos, desde estórias de amor, as aventuras de cangaceiros e acontecimentos importantes, na tentativa de melhor vender sua mercadoria, costuma o vendedor ler em voz alta o conteúdo do livro para depois oferecê-lo aos prováveis compradores, os temas apresentados nesses livros aparecem em prosa ou em versos, sendo bastante comum esta forma, conforme também descreve em estrofes, Francisco Ferreira Filho Diniz em seu cordel "o que é literatura de cordel?" (ver anexo)

3 - Xilogravura
A xilogravura – arte de gravar em madeira – é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No Ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média, através das iluminuras e confecções de baralhos. Mas até ai, a xilogravura era apenas técnica de reprodução de cópias. Só mais tarde é que ela começa a ser valorizada como manifestação artística em si. No século XVIII, chega à Europa nova concepção revolucionária da xilografia: as gravuras japonesas a cores. Processo que só se desenvolveu no Ocidente a partir do século XX. Hoje, já se usam até 92 cores e nuanças em uma só gravura.
Aspecto de grande importância do Cordel é, sem dúvida, a xilogravura de suas capas. Sabe-se que o cordel antigo não trazia xilogravuras. Suas capas eram ilustradas apenas com vinhetas – pobres arabescos usados nas pequenas tipografias do interior nordestino. A partir da década de trinta, surgiram folhetos trazendo nas capas clichês de artistas de cinema, fotos de postais, retratos de Padre Cícero e Lampião. As xilogravuras ou "tacos", como ainda hoje preferem chamar os artistas populares, usando madeiras leves, como umburana, pinho, cedro, cajá.
Na xilogravura, a resistência – maior ou menor – da madeira sofre transformações. Criam-se na madeira novos veios, outra trama. Fibras nascentes vão compondo vãos e cortes abertos pala goiva. Essas fibras nevrálgicas – amalgamadas ao branco do papel – compõem com ele os ritmos das fibras insurgentes, a contrastar com o filamento negro ou colorido da impressão. Integrada ao papel, a cor negra adquire valores de especiais. O negrume e a coloração registram uma urdidura única, inexistente na natureza. As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas em madeiras, muito difundidas no Nordeste e sempre associadas à Literatura de Cordel, uma vez que a partir do final do Século XIX passam a ser utilizadas na produção da capas dos folhetos.
Anteriormente, a xilogravura tinha uso considerado "menos nobre", como a confecção de rótulos de garrafas de cachaça e outros produtos. Sua grande popularidade veio com o cordel .
A origem da xilogravura nordestina até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua técnica aos brasileiros, como uma atividade extra - catequese, partindo do principio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente não fique livre, de maus pensamentos, ao pecado.

4 - A estrutura da Métrica.
A evolução da literatura de cordel no Brasil não ocorreu de maneira harmoniosa. A oral, precursora da escrita, engatinhou penosamente em busca de forma estrutural. Os primeiros repentistas não tinham qualquer compromisso com a métrica e muito menos com o número de versos para compor as estrofes. Alguns versos alongavam-se inaceitavelmente, outros, demasiado breves. Todavia, o interlocutor respondia rimando a última palavra do seu verso com a última do parceiro, mais ou menos assim:
Repentista A - O cantor que pegá-lo de revés
Com o talento que tenho no meu braço...
Repentista B - Dou-lhe tanto que deixo num bagaço
Só de murro, de soco e ponta-pés.

5 - Parcela ou verso Parcela ou Verso de quatro sílabas
A parcela ou verso de quatro sílabas é o mais curto conhecido na literatura de cordel. A própria palavra não pode ser longa do contrário ela sozinha ultrapassaria os limites da métrica e o verso sairia de pé quebrado. A literatura de cordel por ser lida e ou cantada é muito exigente com questão da métrica. Vejamos uma estrofe de versos de quatro sílabas, ou parcelas.
Eu sou judeu
Para o duelo
Cantar martelo
Queria eu
O pau bateu
Subiu poeira
Aqui na feira
Não fica
Queimo a semente
Da bananeira.
Quando os repentistas cantavam parcela (sim, cantavam, porque esta modalidade caiu em desuso), os versos brotavam numa seqüência alucinante, cada um querendo confundir mais rápida mente o oponente. Esta modalidade é pré-galdiniana, não se conhecendo seu autor.

6. Verso de cinco sílabas
Já a parcela de cinco sílabas é mais recente, e não há registro de sua presença antes de Firmino Teixeira do Amaral, cunhado de Aderaldo Ferreira de Araújo, o Cego Aderaldo. A parcela de cinco sílabas era cantada também em ritmo acelerado, exigindo do repentista, grande rapidez de raciocínio. Na peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, da autoria de Firmino Teixeira do Amaral, encontramos estas estrofes:

Pretinho:
no sertão eu peguei
um cego malcriado
danei-lhe o machado
caiu, eu sangrei
o couro tirei
em regra de escala
espichei numa sala
puxei para um beco
depois dele seco
fiz dele uma mala
Cego:
Negro, és monturo
Molambo rasgado
Cachimbo apagado
Recanto de muro
Negro sem futuro
Perna de tição
Boca de porão
Beiço de gamela
Venta de moela
Moleque ladrão

Estas modalidades, entretanto, não foram as primeiras na literatura de cordel. Ao contrário, ela vieram quase um século depois das primeiras manifestações mais rudimentares que permitiram, inicialmente, as estrofes de quatro versos de sete sílabas.

7. Estrofes de quatro versos de sete sílabas
O Mergulhão quando canta
Incha a veia do pescoço
Parece um cachorro velho
Quando está roendo osso.
Não tenho medo do homem
Nem do ronco que ele tem
Um besouro também ronca
Vou olhar não é ninguém
A evolução desta modalidade se deu naturalmente. Vejamos a última estrofe de quatro versos acrescida de mais dois, formando a nossa atual e definitiva sextilha:
Meu avô tinha um ditado
meu pai dizia também:
não tenho medo do homem
nem do ronco que ele tem
um besouro também ronca
vou olhar não é ninguém.

8. Sextilhas
Agora, de posse da técnica de fazer sextilhas, e uma vez consagradas pelos autores, esta modalidade passou a ser a mais indicada para os longos poemas romanceados, principalmente a do exemplo acima, com o segundo, o quarto e o sexto versos rimando entre si, deixando órfãos o primeiro, terceiro e quinto versos. É a modalidade mais rica, obrigatória no início de qualquer combate poético, nas longas narrativas e nos folhetos de época. Também muito usadas nas sátiras políticas e sociais. É uma modalidade que apresenta nada menos de cinco estilos: aberto, fechado, solto, corrido e desencontrado. Vamos, pois, aos cinco exemplos:

Aberto:
Felicidade, és um sol
dourando a manhã da vida,
és como um pingo de orvalho
molhando a flor ressequida
és a esperança fagueira
da mocidade florida.
Fechado:
Da inspiração mais pura,
no mais luminoso dia,
porque cordel é cultura
nasceu nossa Academia
o céu da literatura,
a casa da poesia.
Solto:
Não sou rico nem sou pobre
não sou velho nem sou moço
não sou ouro nem sou cobre
sou feito de carne e osso
sou ligeiro como o gato
corro mais do que o vento.
Corrido:
Sou poeta repentista
Foi Deus quem me fez artista
Ninguém toma o meu fadário
O meu valor é antigo
Morrendo eu levo comigo
E ninguém faz inventário
Desencontrado:
Meu pai foi homem de bem
Honesto e trabalhador
Nunca negou um favor
Ao semelhante, também
Nunca falou de ninguém
Era um homem de valor.

9. Setilhas
Uma prova de que as setilhas são uma modalidade relativamente recente está na ausência quase completa delas na grande produção de Leandro Gomes de Barros. Sim, porque pela beleza rítmica que essas estrofes oferecem ao declamador, os grandes poetas não conseguiram fugir à tentação de produzi-las. Para alguns, as setilhas, estrofes de sete versos de sete sílabas, foram criadas por José Galdino da Silva Duda, 1866 - 1931. A verdade é que o autor mais rico nessas composições, talvez por se tratar do maior humorista da literatura, de cordel, foi José Pacheco da Rocha, 1890 - 1954. No poema A CHEGADA DE LAMPIÃO NO INFERNO, do inventivo poeta pernambucano, encontram estas estrofes:
Vamos tratar da chegada
quando Lampião bateu
um moleque ainda moço
no portão apareceu.
- Quem é você, Cavalheiro -
- Moleque, sou cangaceiro -
Lampião lhe respondeu.
- Não senhor - Satanás, disse
vá dizer que vá embora
só me chega gente ruim
eu ando muito caipora
e já estou com vontade
de mandar mais da metade
dos que tem aqui pra fora.
Moleque não, sou vigia
e não sou o seu parceiro
e você aqui não entra
sem dizer quem é primeiro
- Moleque, abra o portão
saiba que sou Lampião
assombro do mundo inteiro.

Excelente para ser cantada nas reuniões festivas ou nas feiras, esta modalidade é, ainda hoje, muito usada pelos cordelistas. Esta modalidade é, também, usada em vários estilos de mourão, que pode ser cantado em seis, sete, oito e dez versos de sete sílabas.
Exemplos:

Cantador A
- Eu sou maior do que Deus
maior do que Deus eu sou
Cantador B
- Você diz que não se engana
mas agora se enganou
Cantador A
- Eu não estou enganado
eu sou maior no pecado
porque Deus nunca pecou.
Ou com todos os versos rimados, a exemplo das sextilhas explicadas antes:
Cantador A -
Este verso não é seu
você tomou emprestado
Cantador B -
Não reclame o verso meu
que é certo e metrificado
Cantador A -
Esse verso é de Noberto
Se fosse seu estava certo
como não é está errado.

10. Oito pés de quadrão ou Oitavas
Os oito pés de quadrão, ou simplesmente oitavas, são estrofes de oito versos de sete sílabas. A diferença dessas estrofes de cunho popular para as de linha clássica é apenas a disposição das rimas. Vejam como o primeiro e o quinto versos desta oitava de Casimiro de Abreu (1837 - 1860) são órfãos:
Como são belos os dias
Do despontar da existência
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O Céu - Um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida um hino de amor.
Na estrofe popular aparecem os primeiros três versos rimados entre si; também o quinto, o sexto e o sétimo, e finalmente o quarto com o último, não havendo, portanto um único verso órfão. Assim:
Diga Deus Onipotente
Se é você, realmente
Que autoriza, que consente
No meu sertão tanta dor
Se o povo imerso no lodo
apregoa com denodo
que seu coração é todo
De luz, de paz e de amor.

11. Décimas
As décimas, dez versos de sete sílabas, são, desde sua criação no limiar do nosso século, as mais usadas pelos poetas de bancada e pelos repentistas. Excelentes para glosar motes, esta modalidade só perde para as sextilhas, especialmente escolhidas para narrativas de longo fôlego. Ainda assim, entre muitos exemplos, as décimas foram escolhidas por Leandro Gomes de Barros para compor o longo poema épico de cavalaria A BATALHA DE OLIVEIROS COM FERRABRAZ, baseado na obra do imperador francês Carlos Magno:
Eram doze cavalheiros
Homens muito valorosos
Destemidos, corajosos
Entre todos os Guerreiros
Como bem fosse Oliveiros
um dos pares de fiança
Que sua perseverança
Venceu todos os infiéis
Eram uns leões cruéis
Os doze pares de França.

12. Martelo Agalopado
O Martelo agalopado, estrofe dez versos de dez sílabas, é uma das modalidades mais antigas na literatura de cordel. Criada pelo professor Jaime Pedro Martelo (1665 - 1727), as martelianas não tinham, como o nosso martelo agalopado, compromisso com o número de versos para a composição das estrofes. Alongava-se com rimas pares, até completar o sentido desejado. Como exemplo, vejamos estes alexandrinos:

"Visitando Deus a Adão no Paraíso
achou-o triste por viver no abandono,
fê-lo dormir logo um pesado sono
e lhe arrancou uma costela, de improviso
estando fresca ficou Deus indeciso
e a pôs ao Sol para secar um momento
mas por causa, talvez dum esquecimento
chegou um cachorro e a carregou,
nessa hora furioso Deus ficou
com a grande ousadia do animal
que lhe furtara o bom material
feito para a construção da mulher,
estou certo, acredite quem quiser
eu não sou mentiroso nem vilão,
nessa hora correu Deus atrás do cão
e não podendo alcançar-lhe e dá-lhe cabo
cortou-lhe simplesmente o meio rabo
e enquanto Adão estava na trevas
Deus pegou o rabo do cão e fez a Eva."

Com tamanha irresponsabilidade, totalmente inaceitável na literatura de cordel, o estilo mergulhou, desde o desaparecimento do professor Jaime Pedro Martelo em 1727, em completo esquecimento, até que em 1898, José Galdino da Silva Duda dava à luz feição definitiva ao nosso atual martelo agalopado, tão querido quanto lindo. Pedro Bandeira não nos deixa mentir:
Admiro demais o ser humano
que é gerado num ventre feminino
envolvido nas dobras do destino
e calibrado nas leis do Soberano
quando faltam três meses para um ano
a mãe pega a sentir uma moleza
entre gritos lamúrias e esperteza
nasce o homem e aos poucos vai crescendo
e quando aprende a falar já é dizendo:
quanto é grande o poder da Natureza.
Há, também, o martelo de seis versos, como sempre, refinado, conforme veremos nesta estrofe:
Tenho agora um martelo de dez quinas
fabricado por mãos misteriosas
enfeitado de pedras cristalinas
das mais raras, bastante preciosas,
foi achado nas águas saturninas
pelas musas do céu, filhas ditosas.

13. Galope à Beira Mar
Com versos de onze sílabas, portanto mais longos do que os de martelo agalopado, são os de galope à beira mar, como estes da autoria de Joaquim Filho:

Falei do sopapo das águas barrentas
de uma cigana de corpo bem feito
da Lua, bonita brilhando no leito
da escuridão das nuvens cinzentas
do eco do grande furor das tormentas
da água da chuva que vem pra molhar
do baile das ondas, que lindo bailar
da areia branca, da cor de cambraia
da bela paisagem na beira da praia
assim é galope na beira do mar.
Logicamente que há o galope alagoano, à feição de martelo agalopado, com dez versos de dez sílabas cuja diferença única é a obrigatoriedade do mote: "Nos dez pés de galope alagoano".

14. Meia Quadra
Outra interessante modalidade é a Meia Quadra ou versos de quinze sílabas. Não sabemos porque se convencionou chamar de meia quadra, quando poderia, muito bem, se chamar de quadra e meia ou até de quadra dupla. As rimas são emparelhadas e os versos, assim compostos:

Quando eu disser dado é dedo você diga dedo é dado
Quando eu disser gado é boi você diga boi é gado
Quando eu disser lado é banda você diga banda é lado
Quando eu disser pão é massa você diga massa é pão

Quando eu disser não é sim você diga sim é não
Quando eu disser veia é sangue você diga sangue é veia
Quando eu disser meia quadra você diga quadra e meia
Quando eu disser quadra e meia você diga meio quadrão.

A classificação da literatura de cordel há sido objeto da preocupação dos chamados iniciados, pesquisadores e estudiosos. As classificações mais conhecidas são a francesa de Robert Mandrou, a espanhola de Julio Caro Baroja, as brasileiras de Ariano Suassuna, Cavalcanti Proença, Orígenes Lessa, Roberto Câmara Benjamin e Carlos Alberto Azevedo. Mas a classificação autenticamente popular nasceu da boca dos próprios poetas.

No limiar do presente século, quando já brilhava intensamente à luz de Leandro Gomes de Barros, fluía abundante o estro de Silvino Pirauá e jorrava preciosa a veia poética de José Galdino da Silva Duda. Esses enviados especiais passaram a dominar com facilidade a rima escorregadia, amoldando, também, no corpo da estrofe o verso rebelde. Era o início de uma literatura tipicamente nordestina e por extensão, brasileira, não havendo mais, nos nossos dias, qualquer vestígio da herança peninsular.
Atualmente a literatura de cordel é escrita em composições que vão desde os versos de quatro ou cinco sílabas ao grande alexandrino. Até mesmo os princípios conservadores defendidos pelos nossos autores ortodoxos referem-se a uma tradição brasileira e não portuguesa ou espanhola. Os textos dos autores contemporâneos, apresentam um cuidado especial com a uniformização ortográfica, com o primor das rimas, com a beleza rítmica e com a preciosidade sonora.

15. As diferenças entre repente, literatura de cordel e embolada.
Repente: no Brasil, a tradição medieval ibérica dos trovadores deu origem aos cantadores – ou seja, poetas populares que vão de região em região, com a viola nas costas para cantar os seus versos. Eles aparecem nas formas da trova gaúcha, do calango (Minas Gerais), do cururu (São Paulo), do samba de roda (Rio de Janeiro) e do repente nordestino. Ao contrário dos outros, esse ultimo se caracteriza pelo improviso – os cantadores fazem os versos "de repente", em um desafio com outro cantador, não importa a beleza da voz ou afinação o que vale é o ritmo e a agilidade mental que permita encurralar o adversário apenas com a força do discurso.
A métrica do repente varia, bem como a organização dos versos: temos a sextilha (estrofe de seis versos, em que o primeiro rima com o terceiro e o quinto, o segundo rima com o quarto e sexto), a sepetilha (sete versos em que o primeiro e o terceiro são livres, o segundo rima com o quarto e o sétimo e o quinto rima com o sexto) e variações mais complexas com o martelo, o martelo alagoano, o galope beira mar e tantas outras. O instrumento desses improvisos cantados também variam: daí que o gênero pode ser subdivididos em emboladas (na qual o cantador toca pandeiro ou ganzá), o aboio (apenas com a voz) e a cantoria de viola.
Cordel: A literatura de cordel é assim chamada pela forma como são vendidos os folhetos pendurados em barbantes (cordões) nas feiras, mercados, praças e bancas de jornais, principalmente nas cidades do interior e nos subúrbios das grandes cidades. Essa denominação foi dada pelos intelectuais e é como aparece em alguns dicionários. O povo se refere a literatura de cordel apenas como folheto.
Embolada: Canto geralmente improvisado com refrão fixo para o desafio de dois emboladores que se "enfrentam" de maneira semelhante aos repentistas da viola – a diferença é que, na embolada, o instrumento é o pandeiro. Muito comum no litoral nordestino. "A briga" se dá em forma de sextilha. Também é comum um único embolador se apresentar para uma roda de curiosos – neste caso, o poeta usa seus versos para satirizar a platéia, mas sem agredi-la, e pedir dinheiro.

"A história de Joana"
Preste atenção, amigo
Na história que eu vou contar
Não aconteceu comigo
Mas você pode se identificar
Trata-se de um amor não correspondido
Uma paixão de matar...
Era uma vez uma menina
Seu nome era Joana
Por todos era querida
Menos pelo menino que ama
Ela muito sofria
Porém ele não a correspondia
Ela fazia de tudo
Mas ele não a notava
Suas amigas diziam para esquecer
O menino que tanto amava
Mas ela não conseguia
Tirá-lo do coração
Toda vez que o via
Suspirava de emoção
Ele a ignorava
E ela morria de paixão
E um dia então
Ela resolveu se declarar
Falar pra ele quanto o amava
Já não agüentava mais se calar
Foi cheia de esperança
Se ele quisesse namorar. Ficar
Pelo menos tentar
Para ver no que dá
Chegou acanhada
A vergonha teve que engolir
Quando ela terminou
Ele postou-se a rir
E para todos falou
"Olhem só essa garota
O que veio me dizer
Que me ama imensamente
Ora, tenho mais o que fazer
Saia logo daqui
Posso ter melhores que você"
Todos riram dela
E Joana começou a chorar
Foi saindo de fininho
Andando bem devagar
Ela queria para sempre
Aquela cena apagar
Mas não conseguiu esquecer
A humilhação que passou
Um ódio começou a nascer
E então ela se vingou
Uma raiva enorme tomou conta
No lugar daquele amor
No outro dia, no intervalo
Todo mundo se calou
Quando ela apareceu
Uma arma sacou
E apontara para Mateus
O menino que tanto amou
Aos prantos começou a gritar
Estavam todos espantados
Não sabiam o que falar
Ela, então, começou a se pronunciar
Falou alto e claro e em claro tom
Para que todos pudessem escutar
Todos guardaram suas palavras
As quais irei lhes relatar
"Posso não ser o que você espera
Mais sou muito mais do que merece
Me arrependo por tê-lo amado tanto
Um garoto que não vale uma lágrima do meu pranto
Você me fez de idiota
Eu, a menina que mais lhe amou
Agora, olhe sua condição
Sua vida está em minha mão"
Mateus não sabia o que fazer
Mais não teve tempo para pensar
Joana não o perdoou.

16. A história da literatura de cordel no Nordeste
Os folhetos de cordel, com seus múltiplos temas e como se sabe esta riquíssima e sugestiva expressão literária popular que se encontrou fértil campo no nordeste brasileiro, espirada na literatura francesa Colportage, nos romances e pliegos sueltos hibéricos e na própria literatura de cordel portuguesa a nossa de literatura de folhetos (ou de cordel) nasceu e desenvolveu-se no nordeste brasileiro, cantando as sagas e a sabedoria do povo sertanejo. Atualmente, esta manifestação popular pode ser encontrada em diversos pontos do país, sempre incentivada pela comunidade nordestina.
O primeiro folheto que se tem noticia foi publicado na Paraíba por Leandro Gomes de Barros, em 1893, acredita-se que outros poetas tenham publicado antes, como Silvino Pirauá de Lima, mas a literatura de cordel começou mesmo a se popularizar no inicio deste século. As primeiras tipografias se encontravam no Recife e logo surgiram outras na Paraíba, na Capital e em Guarabira. João Melquiades da Silva, de Bananeiras, é um dos primeiros poetas populares a publicar na tipografia popular Editor, em João Pessoa.
Contrariando a austera do alto grau de analfabetismo, a popularização da Literatura de Cordel no Nordeste se deu mais pelo esforço pessoal dos poetas cordelistas, fora dos círculos culturais acadêmicos, contando suas histórias nas feiras e praças, muitas vezes ao lado de musicas. Os folhetos eram expostos em barbantes, ou amontuados no chão, despertando a atenção do matuto que se acostumou a ouvir os temas da literatura popular de cordel em suas idas às feiras, verdadeiras festas para o povo do sertão, nas quais podiam, além de fazer compras e vender produtos, divertir-se e se inteirar dos assuntos políticos e sociais.
Pode-se falar em Literatura de Cordel como um conjunto de autores, obras e publico. O poeta cordelista, na maioria das vezes de origem humilde e proveniente do meio rural, migrava para os grandes centros urbanos onde passava a tirar seu sustento da venda dos folhetos, chegando, algumas vezes, a funções de tipógrafo e editor. Neste contexto, ele se tornava verdadeiro mediador das concepções das classes populares nordestinas, já que compartilhava a mesma ideologia e valores de seu público.
Os folhetos, confeccionados em sua maioria no tamanho 15 a 17cm x 11cm e, em geral, impresso em papel de baixa qualidade, tinham suas capas ilustradas com xilogravuras na década de 20, em substituição as vinhetas. Já nos anos 30 a 50, surgiram as capas com fotos de estrelas de cinema americano. Atualmente ainda mantém o mesmo formato, porém são encontrados outros maiores. Quanto à impressão, substituído a tipografia do passado, hoje são usadas as fotocópias.
Os temas da Literatura de Cordel são muito estudados por folcloristas, sociólogos e antropólogos que chegam a apresentar conclusões polemicas e algumas vezes contraditórias quanto a sua classificação. Detalhes a parte, quanto a varias propostas, os folhetos se dividem entre os assuntos descritivos e os narrativos. È no primeiro grupo que estão incluídos os folhetos de conselhos, eras, corrupção, profecias e de discussão, que guardam um certo parentesco em si, por encerrem uma mensagem moralista freqüentemente ligada a uma ética e a uma sabedoria sertaneja.
Nesta área multiplica-se as histórias que trazem como pano de fundo a vida dura do campo cheia de sofrimentos, mais alheia aos desmartelos do mundo moderno e urbano. Também se encaixam nos folhetos descritivos as pelejas entre cantadores e poetas, as personalidades da cidade e da política (muitas vezes encomendadas pelos próprios políticos em época de eleição), os temas de louvação ou critica, os religiosos contando preconceitos e virtudes católicas, as biografias ou milagres dos santos e de figuras como Padre Cícero e Frei Damião. Há ainda os de gracejos de acontecimentos reais e imaginários, de bravura e valentia como os feitos de Lampião, Antonio Silvino e Pedro Malasarte, entre outros que a literatura popular transformam bandidos em heróis.
As características gráficas e temáticas dos folhetos podem variar de acordo com o deslocamento da área de atuação do poeta que muitas vezes se depara com um publico de concepção e comportamento diferente do matuto nordestino.
Ao falar de literatura de cordel no nordeste não se pode esquecer de Antonio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, referencia no município em que nasceu. Analfabeto "sem saber as letras onde mora", como diz num de seus poemas, sua projeção em todo Brasil se iniciou na década de 50, a partir da regravação de "Triste Partida", toada de repente gravada por Luis Gonzaga (ver anexo).
Sua imaginação poética serviu vassala a denunciar injustiças sociais, propagando sempre a consciência e a perseverança do povo nordestino que sobrevive e dá sinais de bravura ao resistir às condições climáticas e políticas desfavoráveis. A esse fato se refere à estrofe da música Cabra da Peste.

"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que alinda cabocla
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome, pergunto: que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Dentre os grandes nomes da xilogravura nordestina não se pode deixar de falar em um gênio que é o DILA- José Soares da Silva, residi em Caruaru-PE, onde estalou uma rústica oficina gráfica para imprimir os seus folhetos. É um dos mais respeitados xilogravura do nordeste brasileiro, trabalhando com sua arte com lâmina de barbear em pedaços de madeiras em pedaços de madeiras umburana. No qual fabrica capa de cordéis ate rótulos de garrafas de aguardente e outros produtos. É um dos poucos que, alem da madeira, utiliza a borracha para talhar as xilogravuras, alem de seu local de trabalho, transformou –se num ponto de atração turística.

REFERENCIAL TEÓRICO:
• ABAURRE, Maria Luiza M; PONTARA, Marcela, Literatura Brasileira: tempos leitores e leituras, volume único, São Paulo, editora moderna, 2005.
• ABAURRE, Maria Luiz e PONTORA, Marcela. Literatura Brasileira, tempos leitores e leituras. Ed. Moderna. Ensino Médio.
• ABLC - Academia Brasileira de Cordel . Academia Brasileira de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva, Literatura Brasileira, Literatura popular, Duelo de Repentistas. www.ablc.com.br
• CORDEL,Literatura de. Disponível em: www.guiape.com.br/culturais/literatura de cordel.html. Acesso 28/09/2006.
• Diário do Nordeste – caderno 3 -20 de março 2006.
• DUARTE, Marcelo. O Guia dos Curiosos. Língua Portuguesa. São Paulo. Pand 12003.
• FERREIRA, Mauro. Entre palavras, nova edição/ 2ª. Edição - São Paulo: Editora FTD 2006.(coleção entres palavras).
• FREIRE, Paulo, Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. 77p.
• GERIN, Júlia; PORTO, Márcia Flamia; NASCIMENTO, Rubi Rachel. Volume integrado, 1; 5ºe 6º séries Língua Portuguesa; Educação Jovens e Adultos, Curitiba: Editora Educarte,2006.
• LIRA, Joana. Cordel para iniciantes e iniciados. Mundo Jovem numero 335 abril 2003.
• NICOLAS, José de. Literatura brasileira das origens aos nossos dias; 15ª edição, São Paulo, Editora Scipione, 1969.
• BARSA, Enciclopédia. ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA DO BRASIL PUBLICAÇÕES LTDA.

Fonte:http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/cordel.htm

Projeto: Quem sou eu?




Alunos Atendidos: Crianças em fase Pré-Escolar – Pode ser adaptado aos alunos de Educação Infantil – Períodos: I e II.

Período: ( Mês em que será trabalhado ): _______________.

Duração: Em média duas semanas.

Objetivos:
Ao final do projeto os alunos deverão ser capazes de:
• Saber a história de sua vida;
• Conhecer a história e o significado de seu nome;
• Desenvolver a atenção para futura identificação de partes do corpo e órgãos dos sentidos;
• Estimular o raciocínio e a percepção visual;
• Desenvolver a imaginação e a criatividade;
• Saber maior número de palavras e expressões antes desconhecidas (Aumento e enriquecimento do vocabulário);
• Identificar suas preferências em relação a tudo que o cerca, a sua realidade;
• Formar próprios conceitos através de descobertas e experimentações.

Culminância: Construção de um Mural coletivo e de um Álbum da vida – Individual

“Se uma criança vive com aceitação e amizade; aprende a encontrar o amor no mundo.”
( Eny e Esther Sarli)

Primeira Semana de Projeto:

• Em “rodinha” iniciar de maneira descontraída e atrativa uma dinâmica – O Professor apresenta uma caixa, com tampa, decorada da maneira que achar mais atraente a seus alunos e dentro de suas possibilidades – Podendo ser caixa de sapatos, de madeira, de vime, de qualquer outro artigo que tenha consumido, ou até mesmo um pequeno baú.
• O professor apresenta a caixa dizendo que dentro dela tem o que existe de mais precioso, de mais importante, um verdadeiro tesouro.
• Propõe, então, uma brincadeira onde cada um terá que olhar o que tem dentro da caixa, ver qual é este tesouro e manter segredo – Um a um devem olhar e voltar ao lugar sem poder contar o que viu – Esta é a regra da brincadeira: Manter segredo.
• Dentro da caixa deve conter um espelho, bem no fundo, do tamanho exato da mesma. No momento em que a criança for olhar o tesouro verá refletida sua própria imagem.
• A professora deve ficar atenta a cada reação individual ao deparar-se com a própria imagem. É fundamental criar um clima de muito interesse provocando sempre: Qual será este tesouro?
• Após todos terem visto sua imagem refletida dentro da caixa e terem tido as mais diferentes reações, cuidando sempre para que não falem enquanto todos não olharem, abrir então o debate, a conversa informal.
• O que vocês viram dentro da caixa? Descobriram o tesouro?
• Aproveitar cada resposta dos alunos, orientando-os quando necessário, mas propiciando que se expressem.
• A conversa deve fluir até o ponto em que o professor perceber que os alunos perceberam que eles são o tesouro – cada um deles – por isso não poderiam contar o segredo – pois todos somos únicos – Ninguém é igual a ninguém.

Após a realização da Dinâmica do Tesouro, ainda em círculo, sentados de forma confortável, provocar os alunos para que observem seus próprios corpos e façam comparações: __ Quem é mais alto? Quem é mais baixo? Quem tem a mesma altura? __Quem tem cabelos loiros? Quem tem cabelos castanhos? Quem tem cabelos pretos? __ Quem é negro? Quem é moreno? Quem é branquinho?
__ Quem tem olhos azuis? E castanhos? __ Quem é menino? Quem é menina?
E assim propor que se agrupem de diferentes formas:
Exemplo: __Vamos juntar todas as crianças que tem cabelo bem curtinho do lado esquerdo em pé e todas as crianças que tem cabelos compridos do lado direito sentadas.
__Vamos juntar os meninos de um lado e as meninas do outro.
__ Agora vão pular só as crianças que tem olhos azuis ou verdes.
Assim, o professor pode ir brincando, criando diferentes situações de acordo com a sua turma, sempre tendo como objetivo que façam comparações a partir das diferenças e semelhanças existentes no próprio corpo e no corpo dos amigos.
Concluir a atividade quando não houver mais interesse da turma.

Num segundo momento, que pode ser no mesmo dia ou não, o professor vai apresentar uma ficha, previamente preparada, xeroca ou mimeografada onde as crianças terão que completar fazendo seu auto-retrato. As informações contidas na ficha podem ser anotadas por escrito pela professora caso a turma ainda não seja alfabetizada, todavia, é fundamental que sejam todas discutidas individualmente e em grupo.
Segue exemplo de ficha que pode ser adaptada caso o professor ache necessário.

Quem sou eu?

Meu nome é: ________________________________________
Tenho ____ anos. Nasci no dia ___/___/___.
Meu endereço é: ____________________________________________________________________________________________________
Meu telefone é: ______________.
O nome da minha mãe é:________________________________
O nome do meu pai é: __________________________________
Na minha família também tem: _____________________ que eu gosto muito e cuida de mim.
Minha altura:__________.
Meu peso: ____________.
Cor dos olhos: _________________.
Cor dos cabelos:________________.

Meu auto-retrato:

Desenho no bolo o número de velinhas correspondentes à sua idade:

Pinte as figuras com a cor correta:


Meus olhos: Meus cabelos:


Escreva o seu nome da forma em que você sabe:


Quantas letras tem o seu nome? Conte e cole uma bolinha de papel crepom da sua cor preferida para cada letra :

Importante:

Chegando nesta etapa o professor deverá iniciar um trabalho criando uma identidade entre a criança e a escrita de seu nome. Seguem algumas sugestões de atividades práticas que podem ser realizadas durante este projeto ou até mesmo no decorrer de todo o ano letivo. Sugerimos que para o projeto em si: Quem sou eu? Sejam escolhidas no máximo 3 das atividades propostas: História do nome, Dança da Cadeira e mais uma a escolha do professor de acordo com o nível da turma. Mas, ficam as sugestões para trabalhos posteriores.

A construção da escrita do nome, na Educação Infantil, é vista como um grande caminho a ser percorrido pela criança.
O nome próprio de uma criança é seu marco de identificação e, por isso, é tão valorizado por ela. É por esse motivo que o trabalho com o nome próprio gera uma relação de identidade da criança com a escrita.
É fundamental, para a construção da escrita do nome que a criança saiba que desenhar é diferente de escrever a partir desta diferenciação que a criança começa a se dar conta de que precisa algo mais do que um desenho para poder escrever o seu nome, e então começam a aparecer em seus trabalhos as tentativas da escrita, a qual pode estar representada por “risquinhos”, “bolinhas”, “cobrinhas”...
A primeira letra do nome próprio é sempre a mais reconhecida e escrita pelas crianças antes das demais. Muitas chegam a estabelecer uma relação de identidade que, em geral, as faz chamá-la de minha letra. É sempre aquela que reconhecem mais depressa em diferentes textos, cartazes, otdoors e outros.
A visualização é um mecanismo que faz parte da construção da escrita. Por este motivo é importante que os nomes estejam fixados nos gradis, nos materiais, nas lancheiras, nos crachás.
Ao identificar seu nome e observá-lo escrito em diferentes locais e materiais, a criança, consequentemente, o memoriza. A partir de então inicia-se seu relacionamento com a escrita como representação de sua identidade, auxiliando-a a ver-se como um indivíduo que possui identificação. Por isso seu nome é tão importante. É um marco identificatório.
O modelo da escrita do nome em diferentes materiais informa à criança sobre quais são as letras e qual a quantidade necessária de letras para escrevê-lo, além de informar a posição e a ordem em que aparecem no seu nome.
É importante, nesse trabalho, a busca de semelhanças e diferenças, as posições das letras, os diferentes modos de escrita.
É interessante desafiar a criança nesta questão. Por exemplo: “Pus a primeira letra do nome de Camila. Onde ponho a segunda? Aqui ou aqui”? ( indicando à direita ou à esquerda da letra C ). Este tipo de desafio auxilia a criança na direcionalidade da escrita, deixando um pouco de lado as letras espelhadas tão comuns nas séries iniciais.
O sujeito é um construtor dos seus conhecimentos e nesse processo passa por etapas importantes que vão da visualização até o reconhecimento da escrita em diferentes lugares e formas.
O objetivo maior do trabalho com a escrita do nome na Educação Infantil é fazer com que a criança se reconheça como um sujeito importante que possui um nome que é só seu, além de propiciar a aprendizagem da escrita.

A seguir apresentarei algumas atividades e brincadeiras que auxiliam o processo de construção da escrita do nome:

Sugestões de Atividades Práticas:

1 – História do nome.

Objetivo: Conhecer a origem do seu nome.

Material: Folhas de papel ofício.

Procedimento:
• Propor às crianças que façam uma entrevista com os seus pais, procurando saber qual a origem dos seus nomes.
• Montar com os alunos uma ficha para auxiliá-los na entrevista, incluindo perguntas tais como: - Quem escolheu meu nome? - Por que me chamo .....? O que significa ..... ?
• Combinar com a turma o dia do relato e como ele será. ( A escolha do professor)

Sugestão de Atividade: Contar a história do seu nome aprendida com a entrevista e ilustrá-la.

Interessante: Em papel pardo o professor poderá registrar o nome de todos e uma síntese da origem do mesmo e fixar no mural.

Observações: Todos deverão trazer a entrevista no dia marcado, oportunizando o desenvolvimento da responsabilidade desde pequenos, e, caso isso não aconteça, o professor deverá estar preparado e saber qual atitude tomar frente a este problema.

2 – Fichário:

Objetivo: Conhecer a escrita do seu nome com diferentes formas gráficas.

Material Necessário: Fichas do mesmo tamanho e formato e uma caixa de sapatos.

Procedimentos: Montar na sala de aula um fichário com cartões que apresentem diferentes formas de escrita do nome próprio: Com letra de imprensa maiúscula, letra de imprensa minúscula, letra cursiva. Deixando claro à criança que existem diferentes maneiras para escrever o seu nome, mas todas querem dizer a mesma coisa.
Combinar com a turma o momento e o modo como deverão utilizar as fichas. ( De acordo com o professor) – Pode ter em cada ficha uma foto 3x4 da criança.

Sugestão de Atividades: Identificar o nome – Escrever o nome.

3 – Lista de Palavras:

Objetivo: Identificar em diferentes palavras a letra inicial do seu nome.

Materiais: Tesoura, Revistas, Jornais, Folhetos, Cola, Folhas de ofício.

Procedimentos:
• Explorar com a classe a letra inicial do nome.
• Listar outras palavras que também iniciem com aquela letra.
• Propor que pesquisem em jornais, revistas e folhetos outras palavras que também iniciem com a letra do seu nome.
• Recortar e colar as palavras em folhas de ofício.
• Ler com a turma as palavras encontradas e juntos procurar o significado.

Sugestão de Avaliação: Reconhecer, em lista de palavras, aquelas com a letra que inicia o seu nome.

Observações: O professor pode propor à turma que cada dia um traga de casa uma palavra que inicie com a letra do seu nome e em aula encontrem o significado. Este tipo de atividade desperta no aluno um interesse maior pela pesquisa e aumento do vocabulário.

4 – Letras Móveis:

Objetivo: Conhecer as letras e escrever seu nome através de brincadeira.

Material: Letras móveis que podem ser de madeira, EVA, papelão e etc...

Procedimentos:
• Deixar expostas na sala as letras para haver um contato maior por parte das crianças com o material.
• Propor que, em diferentes momentos de aula, as crianças utilizem as letras para a tentativa da escrita de seus nomes.

Sugestão de Avaliação: Escrever seu nome numa brincadeira.

Observações:
• Este material permite à criança fazer uma correspondência de letras, posição e ordenação das mesmas.
• Se as letras forem de papel ou papelão, seria interessante que as crianças ajudassem na confecção do próprio material, orientadas pelo professor.

5 – Bingo:

Objetivo: Conhecer as letras que compõem a escrita de seu nome através do jogo.

Materiais: Cartelas de cartolina ou papelão; tampinhas de garrafa ou pedrinhas para marcar as letras; folhas de desenho; fichinhas com as letras dos nomes; cola; papel colorido ( para fazer bolinhas de papel ) ou palitos de fósforo usados.

Procedimento:
• Cada criança receberá uma cartela com a escrita do seu nome.
• O professor sorteará as letras, dizendo o nome de cada uma delas para que as crianças identifiquem-as. Cada letra sorteada deverá ser marcada na cartela caso haja no seu nome. Assim que a cartela fôr preenchida o aluno deve gritar: BINGO!
• Logo que terminarem o jogo, será proposto um relatório realizado individualmente, com a distribuição de fichinhas com as letras do nome ( Uma ficha para cada letra) entregues fora de ordem.
• As crianças deverão ordenar as fichas, compondo os eu nome, e colocá-las em uma folha de ofício.
• A professora pede que contem quantas letras há na escrita dos eu nome e propõe que colem a quantidade representativa em palitos de fósforos ou bolinhas de papel, na folha.

Sugestão de Avaliação: Reconhecer em fichinhas as letras que fazem parte da escrita do seu nome.

Observação: É interessante que se repita o jogo várias vezes no decorrer das atividades antes de se propor o relatório.

6 – Dança da Cadeira:

Objetivo: Reconhecer a escrita de seu nome dentre a escrita dos nomes de todos os colegas.

Materiais: Fichas com a escrita de todos os nomes ( uma para cada nome ) e cadeiras.

Procedimentos:
• O professor propõe às crianças que façam um círculo com as cadeiras.
• Depois distribui as fichas com os nomes para que as crianças fixem-as nas cadeiras.
• Inicia-se a dança das cadeiras onde ao término da música cada um deverá sentar na cadeira onde consta a ficha com o seu nome.

Sugestão de Avaliação: Realizar a brincadeira diversas vezes sempre trocando as cadeiras de lugar.

7 – Corrida dos Balões:

Objetivo: Escrever seu nome.

Materiais: Balões numerados, fichas com número de acordo com os balões e com nomes e giz.

Procedimentos:
• Formar as crianças em duas filas.
• Distribuir uma ficha com um número para cada criança.
• Dado o sinal, uma de cada vez corre até os balões e estoura aquele que tiver o seu número. Dentro estará uma ficha escrito o seu nome.
• A criança deverá ler altos eu nome e reproduzi-lo no chão utilizando o giz.

8 – Jogo dos Dados:

Objetivos:
• Integrar-se ao grupo, sabendo esperar sua vez de jogar.
• Reconhecer as letras do seu nome.
• Ordenar as letras que compõem seu nome.


Materiais:
• Tabuleiros com quadrinhos necessários para a escrita do nome em branco.
• Dados com as letras dos nomes dos componentes do grupo.
• Fichinhas com as letras.

Procedimentos:
• Distribuir os alunos em pequenos grupos.
• Combinar com os grupos que apenas uma criança por vez jogará um dado, identificando qual a letra sorteada. Se esta fizer parte dos eu nome, deverá pegar a fichinha correspondente e colocá-la no tabuleiro.

Sugestões de Avaliação: Participar atentamente do jogo e identificar as letras do seu nome.

9 – Sapata ou Amarelinha:

Objetivo: Reconhecer as letras que compõem seu nome.

Materiais: Pedrinhas e giz.

Procedimentos:
• Cada aluno irá traçar no pátio da escola sua amarelinha.Neste momento, uma amarelinha será diferente da outra, quando os nomes não possuírem a mesma quantidade de letras.
• Utilizando a pedrinha marcarão a letra que não deverão pular.
• O professor pode aproveitar a ocasião para questionar o aluno: Qual a letra que vem primeiro? E depois qual será?

Sugestão de Avaliação: Escrever seu nome após pular a amarelinha.

Observação: Este tipo de brincadeira trabalha a ordem da escrita do nome, possibilitando ao aluno identificar qual a primeira letra, qual a segunda, e assim por diante até formar seu nome.

Segunda Semana de Projeto:

Preferências:

• Através de uma conversa informal o professor deve pedir que cada aluno fale um pouco sobre seu dia-a-dia.É importante deixar que as crianças se expressem livremente contando casos vividos em casa, em passeios, com a família etc.
• Num segundo momento oferecer uma folha em branco, revistas diversas, ilustrações diversas, e propor q façam uma montagem de recorte e colagem de tudo que encontrarem que parece com o seu dia-a-dia, com a sua vida, a sua realidade.
• Realizado a trabalho o professor junta para também adicionar ao Álbum da Vida – colocando por escrito além do nome da criança qual foi a proposta da montagem de recorte e colagem.
• Num outro dia, então, explorar as preferências de cada aluno: Brincadeira preferida, brinquedo preferido, comida preferida, lugar que mais gosta de estar, animal preferido, programa de TV preferido, artista preferido, música preferida, personagem de história infantil preferido, filme preferido, amigo que mais gosta, esporte preferido, cor preferida etc.
• É interessante registrar de forma sistematizada para também constar no Álbum da Vida – em anexo segue modelo de sistematização que poderá ser xerocada ou mimeografada.
• A montagem de um painél com as preferências é uma idéia bem legal e que, também, certamente, agradará à todos. Use a sua imaginação e aproveitando a idéia e os materiais que tem a disposição crie um lindo mural com o tema: As coisas que eu mais gosto ou As coisas que nós da turma tal mais gostamos ou Nossas Preferências.
• No Álbum da Vida podem ser adicionadas: fotos das crianças em diferentes momentos: no banho, brincando, na escola, dormindo, comendo... Como, também, pode ser utilizada um técnica artística de pintura, cola colorida ou outra para a capa, que deve ser de papel mais resistente – cartão no caso – com o título: Álbum da vida – ali todos os trabalhos sistematizados serão acoplados e deverão ser encadernados ou presos com bailarinas, grampos, etc.

Brincadeira Legal:

Já que estamos trabalhando a individualidade de cada um pode ser realizada a brincadeira: Quem é? Onde o professor vai dando dicas de características físicas, de personalidades, caráter, hábitos, pertences de um aluno e todos terão que descobrir quem é.
Tal brincadeira pode ser repetida quantas vezes o professor achar prudente e de acordo com o interesse da turma.
Deverá ser estabelecido o que “premiar” para quem acertar. É diversão garantida!

Conclusão:

Os alunos devem perceber e compreender que cada pessoa é única, é diferente das outras.
As pessoas podem até ter algumas coisas em comum, como cor da pele, preferência por um tipo de música, uma opinião, mas são diferentes das outras em outros aspectos. Ninguém é exatamente igual a ninguém!
Levar os alunos a refletirem sobre algumas pessoas que não aceitam as diferenças: de cor de pele, religião, outros gostos... Até concluírem que isso não é legal.
O objetivo é os alunos perceberem, também, que como cada pessoa é diferente das outras, tem seu modo de pensar, de agir, os fatos que são importantes para alguém podem não ser para outra pessoa. Cada um tem seu Álbum da Vida, sua história.
Aproveite o Álbum da vida para trabalhar noções de anterioridade e posterioridade, levando-os a perceber, que seu álbum é uma forma de registro de sua vida, uma fonte da qual se pode obter informação sobre ela quando estiver mais velha.


Sugestões de trabalho com músicas no projeto:

• Sugerimos que sejam ouvidas, cantadas e dançadas pela turma as músicas preferidas de cada um.
• Sugerimos, também, a brincadeira: Canoa Virou.
• Caso haja algum nome de aluno na turma que exista uma música conhecida, esta também pode ser ouvida – não esquecendo de levantar a questão: Quando duas ou mais pessoas tem os nomes iguais, os mesmos nomes, como fazemos para identificá-las? Exemplo: Esta música foi feita a Luciana que faz parte de nossa classe ou para outra menina chamada Luciana?
• Em um dos CDs que acompanha o projeto temos a música: Pula Corda – interpretada pela cantora e apresentadora infantil Eliana onde um trabalho de análise da letra: a preferência de uma criança pela brincadeira de pular corda, pode criar um ambiente alegre e propiciar momentos de prazer dentro do projeto do tema gerador.
Autora: Patrícia Fonte


QUANDO EDUCAS?

Não educa quando impõe suas convicções, mas quando suscita convicções pessoais.

Não educa quando impõe condutas, mas quando propõe valores que motivem.

Não educa quando impõe caminhos, mas quando ensina a caminhar.

Não educa quando impõe dependências, mas quando acorda a coragem de ser livre.

Não educa quando impõe suas idéias, mas quando fomenta a capacidade de pensar por conta própria.

Não educa quando impõe o terror que isola, mas quando libera o amor que acerca e comunica.

Não educa quando impõe sua autoridade, mas quando cultiva a autonomia do outro.

Não educa quando impõe a uniformidade que doutrina, mas quando respeita a originalidade que faz a diferença.

Não educa quando impõe a verdade, mas quando ensina a procurá-la honestamente.

Não educa quando impõe uma punição, mas quando ajuda a aceitar um castigo.

Não educa quando impõe disciplina, mas quando forma pessoas responsáveis.

Não educa quando impõe autoritariamente o respeito, mas quando o ganha com autoridades de pessoa respeitável.

Não educa quando impõe o medo que paralisa, mas quando consegue a admiração que estimula.

Não educa quando impõe informação à memória mas quando mostra o sentido da vida.

Não educa quando impõe a Deus, mas quando o faz presente na tua vida.

FONTE:
www.projetospedagogicosdinamicos.kit.net

24 de janeiro de 2010

África

Influências culturais da África

Objetivo: Conhecer e vivenciar produções culturais brasileiras com influências africanas.

Conteúdos:
- Heranças culturais africanas e brasileiras.
- Música, dança e brincadeiras.

Material necessário: Livros, revistas, imagens, material para registro, CDs com músicas africanas e brasileiras, tecidos, instrumentos musicais e mapas.

Desenvolvimento:

1ª etapa
Apresente músicas brasileiras de ritmos de origem africana (como o samba e o maracatu) e converse com as crianças sobre elas: já conhecem? Se parecem com algo que já ouviram? Gostam ou não? Por quê? Explique que essas músicas têm origem em um continente chamado África, separado do Brasil pelo oceano Atlântico. Para comparar, escute com o grupo outra música (escolha, agora, uma canção tradicional africana). Questione: ela se parece com a que ouvimos antes? Peça, ainda, que a turma leve livros, fotos e outros registros do continente. Você também deve preparar a mesma pesquisa.

2ª etapa
Explore os materiais trazidos em uma roda de conversa. Foque a discussão nos costumes dos grupos que serão estudados: vestimentas, alimentos, música, dança, brincadeiras etc. Lembre-se de mostrar o globo terrestre para que se aproximem da ideia do que é um continente ou país.

3ª etapa
Forme grupos e sugira que cada um aprofunde a pesquisa em um dos temas levantados. Explique que o objetivo é obter mais informações sobre costumes dos povos africanos e que cada grupo deve mergulhar em um assunto específico, procurando mais informações em livros, internet, vídeos e outras fontes de informação. Peça ainda que reflitam: quais das práticas levantadas também acontecem no Brasil? De que jeito? Como forma de registro, proponha a criação de um painel coletivo para reunir as informações, garantindo que possam ser consultadas por todos sempre que necessário.

4ª etapa
Leve para a sala instrumentos musicais de origem africana, como agogô, caxixi e alfaia e mostre às crianças as maneiras de tocá-los. Apresente também coreografias de danças africanas, como o jongo, para que a turma possa praticar - o uso de DVDs de referência com os principais passos é um bom recurso didático. Lembre-se de que essa etapa, que deve durar alguns dias, exige que você se prepare previamente para conhecer instrumentos e danças.

Avaliação
Para avaliar o aprendizado dos procedimentos de música e dança, observe o desempenho da turma ao longo das atividades, prestando atenção especialmente na evolução, na parte rítmica. Para verificar conteúdos conceituais (como é a África, onde se localiza etc.), avalie a participação da classe nas rodas de conversa e na construção do painel coletivo, procurando perceber se cada criança levanta hipóteses, ouve a contribuição dos outros e registra no mural suas descobertas.

Consultoria: Karina RizekCoordenadora de projetos da Escola de Educadores, em São Paulo, SP, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/influencias-culturais-africa-466969.shtml
Dicas:

A matemática e os jogos de origem Africana
http://ler-mundo-historia.blogspot.com/2009/05/jogos-africanos.html
A capoeira é um jogo/luta muito interessante, herança da cultura negra, da época da escravidão, vale a pena trazer um grupo para demonstração e pata treinar alguns passos.

Consciência negra - Atividades no Picasa
http://picasaweb.google.com.br/professoracleides/LivroDiversidadeConscienciaNegra#

Livros

Menina bonita do laço de fita
http://picasaweb.google.com.br/cyth2arruda/MeninaBonita#

22 de janeiro de 2010

Estrátegias de leitura



A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto a partir do que está buscando nele, do conhecimento que já possui a respeito do assunto, do autor e do que sabe sobre a língua – características do gênero, do portador, do sistema de escrita… Ninguém pode extrair informações do texto escrito decodificando letra por letra, palavra por palavra.
Se você analisar sua própria leitura, vai constatar que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utiliza para ler: a leitura fluente envolve uma série de outras estratégias, isto é, de recursos para construir significado; sem elas, não é possível alcançar rapidez e proficiência.
Uma estratégia de leitura é um amplo esquema para obter, avaliar e utilizar informação. Há estratégias de seleção, de antecipação, de inferência e de verificação.

Estratégias de seleção: permitem que o leitor se atenha apenas aos índices úteis, desprezando os irrelevantes. Ao ler, fazemos isso o tempo todo: nosso cérebro “sabe”, por exemplo, que não precisa se deter na letra que vem após o “q”, pois certamente será “u”; ou que nem sempre é o caso de se fixar nos artigos, pois o gênero está definido pelo substantivo.

* Estratégias de antecipação:
tornam possível prever o que ainda está por vir, com base em informações explícitas e em suposições. Se a linguagem não for muito rebuscada e o conteúdo não for muito novo, nem muito difícil, é possível eliminar letras em cada uma das palavras escritas em um texto, e até mesmo uma palavra a cada cinco outras, sem que a falta de informações prejudique a compreensão. Além de letras, sílabas e palavras, antecipamos significados.
O gênero, o autor, o título e muitos outros índices nos informam o que é possível que encontremos em um texto. Assim, se formos ler uma história de Monteiro Lobato chamada “Viagem ao céu”, é previsível que encontraremos determinados personagens, certas palavras do campo da astronomia e que, certamente, alguma travessura acontecerá.

* Estratégias de inferência: permitem captar o que não está dito no texto de forma explícita. A inferência é aquilo que “lemos”, mas não está escrito. São adivinhações baseadas tanto em pistas dadas pelo próprio texto como em conhecimentos que o leitor possui. Às vezes essas inferências se confirmam, e às vezes não; de qualquer forma, não são adivinhações aleatórias.
Além do significado, inferimos também palavras, sílabas ou letras. Boa parte do conteúdo de um texto pode ser antecipada ou inferida em função do contexto: portadores, circunstâncias de aparição ou propriedades do texto.
O contexto, na verdade, contribui decisivamente para a interpretação do texto e, com freqüência, até mesmo para inferir a intenção do autor.

* Estratégias de verificação: tornam possível o controle da eficácia ou não das demais estratégias, permitindo confirmar, ou não, as especulações realizadas. Esse tipo de checagem para confirmar – ou não – a compreensão é inerente à leitura.
Utilizamos todas as estratégias de leitura mais ou menos ao mesmo tempo, sem ter consciência disso. Só nos damos conta do que estamos fazendo se formos analisar com cuidado nosso processo de leitura, como estamos fazendo ao longo deste texto.

FONTE: PCN EM AÇÃO - ALFABETIZAÇÃO

O registro do professor



O REGISTRO DA PRÁTICA DO(A) PROFESSOR(A)

Para o(a) professor(a) o registro da sua prática constitui importante instrumento de aperfeiçoamento do seu trabalho. Isso acontece porque ao registrar, representa sua experiência através de um objeto concreto, feito de palavras, que podem ser lidas, revisadas e analisadas.
Trabalhando com essa representação, ele(a) é estimulado(a) a repensar a prática ali representada. Poderá descobrir atitudes que deveriam ter sido tomadas, destacar as alternativas adequadas que foram utilizadas e todo um conjunto de procedimentos que levariam a melhores resultados. Além disso, o registro da prática do(a) professor(a) quando comunicado a outros educadores sugere novas práticas pedagógicas.
Mesmo sabendo da importância do registro, poucas vezes o realizamos. Isso tem seus motivos: a cultura brasileira é essencialmente oral, falamos muito mais que escrevemos e confiamos a nossa memória a capacidade das nossas cabeças de armazenar o que aprendemos e vivemos.
O exercício da escrita como registro das observações feitas pelos professores, além de documento que pode ser consultado, possibilita também ampliar o domínio da linguagem escrita e dinamizar o potencial de criatividade próprio de cada um.
As prováveis dificuldades iniciais quanto ao que e como escrever, falta de inspiração e descoberta dos momentos mais adequados para começar serão minimizadas no decorrer do processo, a medida que seja criado maior envolvimento com o ato de registrar.

AS DIFERENTES FORMAS DE REGISTRAR: OS DIFERENTES TIPOS DE REGISTRO

Imaginemos que estamos iniciando um encontro de professores de jovens e adultos. Nos primeiros momentos, entre abraços e conversas informais, alguém retira de sua pasta várias fotos onde aparece seu grupo de alunos, numa apresentação de trabalhos. Outra professora mostra uma atividade que preparou e que deu muito certo naquela semana. Noutra rodinha, podemos ouvir uma conversa animada sobre o envolvimento dos alunos numa produção de cartazes que são mostrados com muito orgulho.
Estes são alguns exemplos de situações nas quais os professores estão, informalmente, socializando experiências que foram registradas de diferentes maneiras: uma foto, uma produção de aluno, um relato oral, uma atividade que deu certo. Ao fazer isso, eles exercitam sua comunicação e assim refletem, rememoram e partilham o seu fazer.
O registro permite uma diversidade de funções e está a serviço de diferentes propósitos: comunicar, documentar, refletir, organizar, rever, aprofundar e historicizar. A forma e o conteúdo do registro também podem e devem variar, tanto quanto variam suas finalidades. O registro escrito torna visível estes diferentes objetivos.
Além disso, o ato de escrever nos obriga a fazer perguntas, levantar possíveis respostas e organizar o que pensamos. Tudo isso nos leva a dar conta de que caminhos devemos seguir, que mudanças devemos fazer, que escolhas não foram felizes e que decisões facilitaram as aprendizagens dos alunos. (...)

COMO REGISTRAR
Quando nos dispomos a registrar nossas práticas ou algum aspecto ligado a elas, deparamos com uma série de questões: como organizar nosso tempo para sentar, anotar, escrever, refletir, documentar?
Da mesma forma que observamos a existência de muitos tipos e objetivos de registros, podemos notar que há uma quantidade bastante grande de meios, de formas e de caminhos para a realização deles. Cada um deve buscar a forma que mais se adapta ao seu jeito, ao seu tempo e às suas intenções.
Se, por exemplo, quero registrar uma seqüência de ações acontecidas dentro de um projeto e pensar sobre as aprendizagens e conquistas dos alunos, é interessante organizar uma pasta onde vou colocando o planejamento geral e de cada uma das propostas, as produções dos alunos, as minhas observações em torno delas, enfim, tudo que considerar importante guardar. No final, posso comparar as produções e comentar as mudanças ocorridas.
Se, por outro lado, quero refletir sobre o quanto os alunos avançaram num determinado conhecimento, é importante ir anotando o que foi sendo observado assim como as intervenções que foram feitas. Essas anotações são fundamentais para o escrito do registro. Vale sempre lembrar que confiar apenas na memória não é o melhor dos caminhos.

PREPARANDO OS REGISTROS...

Estas são algumas sugestões de formas de organização que podem contribuir para o registro:
Em relação ao ato de registrar:
a) Ter um caderno para registrar fatos e comentários acontecidos ou relacionados a sala de aula.
b) Organizar uma pasta para guardar as produções dos alunos, os planejamentos, os textos que foram utilizados na realização de um determinado trabalho, suas reflexões sobre ele e tudo mais que julgar significativo.
c) Utilizar fichas com questões que orientam o registro. Veja um exemplo delas:

* O que pretendo trabalhar nesta semana;

* Atividades que eu vou realizar para alcançar as metas;

* Que atividades planejei e deram certo? Por quê?

* O que fiz e não havia planejado?

EM RELAÇÃO AO TEMPO:

Muitos dos professores que conseguiram desenvolver a prática do registro consideram este um bom caminho:
a) Todos os dias dedicar algum tempo para escrever sobre o vivido em relação ao trabalho educativo. Esse tempo pode variar de acordo com suas possibilidades. Mesmo que bem pequeno, 10, 15 minutos, a criação de uma rotina ajuda e muito a capacidade de registrar.
b) Síntese semanal: uma vez por semana escolher um ou mais aspectos do trabalho para documentar mais detalhadamente.
c) Registro final: concluído o projeto, estudo ou período de aula é chegada a hora de escrever sobre o caminho percorrido, as conquistas, as dificuldades, o que ainda continua sendo um desafio, os resultados conseguidos e as suas sensações na realização do trabalho...

EM RELAÇÃO AOS TEMAS:

São infindáveis os temas cujos registros levam o(a) professor(a) a pensar melhor o seu fazer de educador(a), a sua compreensão do ato de ensinar, a sua forma de ver o mundo e de ler a realidade. Os registros tornam o(a) professor(a) autor(a) de sua teoria e por isso mais capaz de atuar positivamente na sua sala de aula.
a) Registrar sobre quem são as alunas e alunos.
b) Escrever sobre experiências positivas vividas na semana: quais e por que foram positivas.
c) Escrever sobre experiências que não tiveram êxito: quais e por que.
d) Escrever como os alunos escrevem, calculam, resolvem problemas matemáticos, pensam o mundo, a vida.
e) Escrever sobre a dinâmica do grupo.
f) Escrever idéias de continuidade, de aprofundamento ou de mudanças necessárias.
g) Escrever sobre os pontos fortes do trabalho ou estudo e sobre os pontos que precisam ser revistos ou mudados.
h) Escrever sobre as próprias aprendizagens durante um certo tempo: semestre ou ano, por exemplo.
Como você deve ter notado, os registros permitem ao(a) professor(a) construir a memória do processo vivido na sala de aula. Eles propiciam uma visão geral do trabalho desenvolvido, facilitando a constatação das dificuldades e sucessos. Possibilitam, assim, avaliar a aprendizagem dos alunos e a atuação do(a) professor(a).

:: FONTE: Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos , MEC

Com carinho ...

[red]www.gifkut.com[/red]

19 de janeiro de 2010

Lindas mensagem....


Pais Brilhantes


Chore com seus filhos e abrace-os. Isso é mais importante do que dar-lhes fortunas ou fazer-lhes montanhas de críticas.
- Não forme heróis, mas seres humanos que conheçam seus limites e sua força.
- Faça de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.
- Estimule seu filho a ter metas.
- Lembre-se: conversar é falar sobre o mundo que nos cerca.
- Dialogar é falar sobre o mundo que somos.
- Abraçar, beijar, falar espontaneamente.
- Contar histórias.
- Semear idéias.
- Dizer não sem medo.
- Não ceder a chantagem.
- Para educar é necessário paciência.

Augusto Cury


A LIÇÃO DA BORBOLETA

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo.Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou orestante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Nada aconteceu!Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria como a borboleta. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar...
Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível.

(autor desconhecido)


FILHOS SÃO COMO NAVIOS

Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora.
Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza reserva para ele, poderá ter de desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.
Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.
E haverá muita gente no porto, feliz à sua espera.
Assim são os FILHOS.
Estes têm nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes.
Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto dos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr os próprios riscos e viver as próprias aventuras.
Certos de que levarão os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola – mas a principal provisão, além da material, estará no interior de cada um:
A CAPACIDADE DE SER FELIZ.
Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.
O lugar mais seguro em que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali.
Os pais também pensam ser o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar adentro e encontrar o próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, esse porto para outros seres.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que, na bagagem, eles devem levar VALORES herdados, como HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE.
Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.
A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL E NA CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.
Os pais não devem seguir os passos dos filhos. e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.
Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como os navios, partir para as próprias conquistas e aventuras.
Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que

“QUEM AMA EDUCA”.
“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS”

(Içami Tiba)

Livros para Baixar - Inclusão

Inclusão
Aproveiando a data de hoje, o Dia do Excepcional estou disponibilizando mais um livro para baixar.

Educação Especial - Saberes e Práticas da Inclusão
Link:http://www.4shared.com/file/126884708/babe4658/Educao_Especial_Saberes_e_Prticas_da_Incluso.html

Reforma Ortografica - VOGAIS OU CONSOANTES...?


Olha eu de volta, depois de alguns dias sem postar nada vim com mais dúvidas que as meninas levantaram sobre as letras K, W e Y... Na verdade a dúvida paraiva sobre o Y, deixando a questão se o Y seria uma vogal ou uma consoante.

Bom, depois de algumas pesquisas e muitas dúvidas as meninas a Sindy e a Maria encontraram uma resposta clara e consistente e postaram no comentário W e Y Vogal ou consoante?

Fonte> Revista Nova Escola



"Conforme o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, as letras K, W e Y foram incluídas no alfabeto e obedecem às regras gerais que caracterizam consoantes e vogais. Do ponto de vista fonético-fonológico, consoante é um fonema pronunciado com a interrupção do ar feita por dentes, língua ou lábios. Já a vogal é um fonema pronunciado com a passagem livre do ar pela boca. Outra distinção entre um grupo e outro de letras recai sobre a pronúncia: a consoante precisa de uma vogal para formar sílabas e ser pronunciada, e a vogal, não. Ela se basta. Seguindo essas regras, o Y é uma vogal, já que foi traduzido do alfabeto grego como I e mantém esse som nas palavras em que é usado, como em ioga. Quando aportuguesada, a palavra originalmente grafada com Y passa a ser grafada com I - como em iene, moeda japonesa. O K corresponde, em português, ao som do C ou QU - como vemos em Kuait -, sendo considerado consoante. Já o W deve ser empregado de acordo com sua pronúncia na língua original, isto é, ora com som de V, quando proveniente do alemão (como Wagner), ora com som de U, quando de origem inglesa (caso de web). Com isso, a letra W é considerada consoante ou vogal, conforme o uso."

Agora levantando mais uma dúvida sobre o assunto a Sindy gostaria de saber:
Como ensinar as crianças as vogais?
A E I O U Y?
Bom, como o Y é uma vogal acredito que terá que ser incluido nesse caso, mas os livros didáticos não constam essa inclusão. Aff... Que sufoco. E que confusão na cabecinha das crianças...
Quantas dúvidas... Bom, se alguem tiver alguma comentário interessante sobre esse assunto por favor comente!

Ah... vizitem o blog dela... a questão está lá http://bloguinfo.blogspot.com/2009/11/k-w-e-y-sao-vogais-ou-consoantes.html

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