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24 de novembro de 2010

Origem do Natal 3


O Natal é a celebração do nascimento Jesus Cristo. Hoje em dia ele é celebrado no dia 25 de Dezembro, embora ninguém saiba com certeza a verdadeira data.

A Igreja Católica fixou essa data após uma grande perseguição que aconteceu por volta do ano 310, e a data se tornou universal no século V.

O Natal é uma das festas mais comemoradas no mundo inteiro. Na França e no Canadá, a festa de Natal tem uma variedade de costumes e tradições e há três grandes aspectos: as manifestações sociais e comunitárias, a festa familiar e as celebrações religiosas.

Mesmo dentro de cada país, há diferenças nas comemorações de acordo com cada região.

A comemoração do Natal se baseia na alegria de trocar presentes. Na França, as crianças deixam seus sapatinhos diante das chaminés para que o Papai Noel os encha de presentes.

Nos Estados Unidos, os presentes são deixados embaixo da Árvore de Natal, que costuma ser um pinheiro de verdade. Quando um presente é oferecido de coração, ele transforma aquele instante em felicidade e perpetua a história do Natal. O presente é a expressão materializada do amor.

Diz-se que o Natal é também uma festa comunitária porque ela reúne pessoas de diferentes religiões em torno de uma mensagem de paz e amor. É normal as famílias decorarem suas casas com presépios, guirlandas, árvores enfeitadas e luzes e, reunirem adultos e crianças na véspera do Natal para a Ceia.

No Canadá, no final do século XIX, era na Igreja que se reuniam no dia de Natal os descendentes de índios, franceses e ingleses. Na França, o Natal apareceu em torno do século IV, mas nessa época, era uma festa menos importante do que a celebração da Páscoa.

Hoje em dia, muitas famílias francesas vão à missa antes da Ceia que eles chamam de "Reveillon".

Nos Estados Unidos, eles vão à igreja na noite da véspera ou na manhã de Natal. Já no Brasil, as tradições natalinas vêm de vários países. Da França foi herdada a maneira de celebrar o Natal, da Alemanha, a árvore de Natal, da Inglaterra, o hábito de mandar cartões de Boas Festas e da Irlanda, o costume de instalar luzes nas janelas.

O Japão criou muitos tipos de enfeites para a árvore de Natal e para a decoração das casas. Por fim, nos Estados Unidos surgiu o Papai Noel. Originalmente ele tinha a roupa marrom, mas elas passaram a ser vermelhas depois que o Papai Noel apareceu assim em uma propaganda da Coca-Cola.
 
Em muitos países, as festividades de Natal passaram a fazer parte da cultura somente após a Primeira Guerra Mundial e, só a partir da década de 1930, o Natal passou a ser celebrado por todas as classes sociais.

Aprenda A Dizer "Feliz Natal" Em Vários Países

Alemanha: Fröhliche Weihnachten
Bélgica: Zalige Kertfeest
Brasil: Feliz Natal
Bulgária: Tchestito Rojdestvo Hristovo, Tchestita Koleda
Catalão: Bon Nadal i un Bon Any Nou
China: Sheng Tan Kuai Loh (mandarim), Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun (cantonês)
Coréia: Sung Tan Chuk Ha Croácia: Sretan Bozic
Dinamarca: Glaedelig Jul
Eslovênia: Srecen Bozic
Espanhol: Felices Pascuas, Feliz Navidad
Estados Unidos: Merry Christmas
Hebraico: Mo'adim Lesimkha
Inglaterra: Happy Christmas
Finlândia: Hauskaa Joulua
França: Joyeux Noel
País de Gales: Nadolig Llawen
Galego (na Galícia): Bo Nada
Gaélico: Nollaig Chridheil Agus Bliadhna Mhath ùr
Grécia: Eftihismena Christougenna
Irlanda: Nodlig mhaith chugnat
Itália: Buon Natale
Japão: Shinnen Omedeto
Nova Zelândia (em Maorí): Meri Kirihimete
México: Feliz Navidad
Holanda: Hartelijke Kerstroeten
Noruega: Gledelig Jul
Polônia: Boze Narodzenie
Portugal: Boas Festas
Romênia: Sarbatori vesele Rússia: Hristos Razdajetsja
Sérvia: Hristos se rodi
Suécia: God Jul
Tailândia: Sawadee Pee mai
Turquia: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun
Ucrânia: Srozhdestvom Kristovym
Vietnã: Chung Mung Giang Sinh

O Ciclo Natalino
Rúbia Lóssio

O ciclo natalino inicia-se na véspera do Natal, 24 de dezembro, e vai até o dia de Reis, 6 de janeiro. Para acompanhar esse período, é preciso manter a ingenuidade da infância, a esperança de um amanhecer ensolarado, a ternura de um botão de rosas e a leveza de uma linda borboleta no ar.

A emoção do povo é revelada nos folguedos natalinos através de sua ação dramática. Tem-se vários folguedos natalinos, como o pastoril, o bumba-meu-boi, a cavalhada, a chegança, que fazem referências à Noite de Festas e ao grande dia em que Jesus nasceu. Desses folguedos, o mais tipicamente natalino é o pastoril religioso, que tem em sua essência a temática da visita dos pastores ao estábulo de Belém onde Jesus nasceu.

Há registros sobre o pastoril desde da Idade Média. Em Portugal são conhecidas as peças de Juan de Encina e Gil Vicente, baseadas em temas populares anteriores, segundo o professor Roberto Benjamin. Como denominação popular do pastoril, temos a Lapinha, que desaparecera quase completamente, cedendo lugar aos pastoris.

Câmara Cascudo descreve que a Lapinha "era representada na série dos pequeninos autos, diante do presépio, sem intercorrência de cenas alheias ao devocionário. Os presépios foram armados em Portugal desde 1391, quando as freiras do Salvador fizeram o primeiro." O presépio designa o estábulo ou o curral, lugar onde se recolhe o gado, e representa as cenas do nascimento de Jesus em Belém. Há também uma diferença terminológica decorrente de sua grandiosidade. Ou seja, se o era grande, rico e bonito, era chamado de Presépio; se era pobre, pequeno e despojado, era uma Lapinha.

Mas, o que ficou na tradição foi a queima da Lapinha, no dia 6 de janeiro, pois só por volta do século XVI, três centúrias após a criação da simbologia do presépio, teve início a dramatização da cena da Natividade, com contos populares, danças e produção literáriaanônimas, como registra Geninha da Rosa Borges. Pereira da Costa relata que "o pastoril era, a princípio, a representação do drama hierático, o nascimento de Jesus Cristo, o presépio dos bailados e cantos próprios. Conta a lenda que São Francisco de Assis, querendo comemorar de maneira condigna o nascimento de Jesus, no ano de 1223, entendeu de fazer uma representação do maior acontecimento da Cristandade. Obteve licença do Papa e fez transportar para uma gruta um boi, um jumento e uma manjedoura, colocando o menino Jesus sobre a palha, ladeado pelas imagens de Nossa senhora e São José.

Dentro dessa gruta, celebrou uma missa, assistida por um grande número de frades e camponesas das redondezas. Durante o sermão, pronunciou as palavras do Evangelho: "colocou-o num presépio, apareceu-lhe nos braços um menino todo iluminado", e a partir daí, a representação dos presépios tornou-se comum e espalhou-se por todo o mundo. O aparecimento do presépio em Pernambuco vem, talvez, do século VI, no Convento Franciscano em Olinda. Mário Souto Maior comenta que, "com o passar dos anos, o presépio, que era representação estática do nascimento de Jesus Cristo, até os fins do século VIII, começou a ter a sua forma animada pelas pastorinhas cantando loas, com a participação do velho, do pedegueba". Câmara Cascudo define o pastoril como "cantos, louvações, loas, entoadas diante do presépio na noite do Natal, aguardando-se a missa da meia-noite.

Representavam a visita dos pastores ao estábulo de Belém, ofertas, louvores, pedidos de bênção. Os grupos que cantavam vestiam-se de pastores, e ocorria à presença de elementos para uma nota de comicidade, o velho, o vilão, o saloio, o soldado, o marujo, etc. Os pastoris foram evoluindo para os autos, pequeninas peças de sentido apologético, com enredo próprio divididos em episódios que tomavam a denominação quinhentista de “jornadas” e ainda a mantêm no nordeste do Brasil..." Nas jornadas, que eram um grande atrativo do pastoril, realçava-se o estilo dramático, fazendo com que os partidários atiras sem flores, lenços de seda e até chapéus.

O Pastoril tem como corpo principal o grupo de pastoras, subdividido em dois cordões (azul e encarnado). A Mestra dirige o cordão encarnado, e a Contramestra, o cordão azul. Há também o Anjo, o Pastor, o Velho - personagem cômico, originário provavelmente do pastor; a Diana, que é a intermediária entre os dois cordões; a Borboleta, personagem faceira; a Jardineira, que canta e dança uma jornada em solo, referente às atividades da jardinagem; a Libertina, que é, em algumas variantes, a pastora tentada pelo Demônio; o Demônio ou Diabo, que vem tentar as pastoras; a Cigana, que representa o povo cigano que vem dizer o destino, a sorte de Jesus e que "às vezes, lê a sorte das pastoras e das pessoas da platéia, lendo a mão na tradição da buena dicha para recolher o dinheiro.
 
Trajando saias curtas e rodadas, e corpetes ou blusas brancas, e usando um diadema enfeitado com fitas, as pastoras, com toda a graciosidade, trazem na mão pandeirinhos ou maracás, adornados da mesma forma. O Anjo apresenta-se como um anjo de procissão, com asas de papel; a Cigana veste saia comprida e usa brincos, lenços, colares de moedas douradas; a Borboleta usa asas transparentes e antenas de papel colorido; e o Pastor utiliza um cajado.

Assistir a uma encenação do pastoril, que seduz e encanta, revelando de maneira maravilhosa a estonteante beleza do Ciclo Natalino, traduzida nos rostos das pastoras, é deslumbrar-se com um espetáculo único do povo brasileiro.

Natal na Doutrina Espírita
Centro Espírita Celeiro de Luz

Natal (do latim natale) significa o dia do nascimento de Jesus Cristo. Em Roma, a primeira referencia ao Natale Domini (Natal do Senhor) remonta ao ano de 336. A data de 25 de dezembro é relativa à da Encarnação (ato em que Deus se fez homem, unindo a natureza divina à humana: o mistério da Encarnação) que desde o século III, segundo considerações
astronônico-simbólicas levaram a fixar-se em 25 de março (equinócio da primavera no Calendário Juliano).

Por outro lado, o dia 25 de dezembro (solstício de Inverno, no mesmo Calendário Juliano) era na Roma pagã, desde o tempo do Imperador Aureliano (reinou de 270 a 275), consagrado ao Natalis Solis Invicti (Natal do Sol Invencível). Era uma festa mitríca (relativa ao culto de Mitras, o espírito da luz divina) do renascimento do Sol.

Com a conversão cada vez maior de povos pagãos ao cristianismo, a Igreja não vendo como eliminar aquelas comemorações, transformou algumas dessas tradicionais festas pagãs que estavam profundamente arraigadas no sentido nativo.

Dessa forma, dentre elas, a comemoração do dia 25 de dezembro (celebrada em honra ao deus-Sol), passava a ser a festa do nascimento (Natal) de Nosso Senhor Jesus Cristo o verdadeiro Sol da Justiça. Acredita-se que foi o Imperador Constantino I, o Grande (274- 337; reinou de 306 a 837), já no final do seu reinado (ano 336), quem determinou que o nascimento de Jesus deveria ser celebrado no dia 25 de dezembro em todo o Império Romano.

Segundo a tradição, esse acontecimento ocorreu quando Constantino construía uma basílica sobre o túmulo de São Pedro, na própria colina do Vaticano, justamente no local privilegiado do culto solar. 

A fixação oficial da data de 25 de dezembro, como dies natalis, foi determinada pelo Santo Padre Júlio I ( 280-352; Papa de 337 a 352) e o primeiro calendário de que se tem notícia a marcar essa data como o Natal de Jesus é o de Filocalos, isto no ano de 354.

Assim as festas e cultos pagãos que celebravam o Dies Natalis Solis Invicti (Dia de Natal do Sol Invencível, transformaram-se na grande data comemorativa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, a qual é celebrada entre todos os povos cristãos como o Dia de Natal!

Presépio

O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje.

A idéia surgiu enquanto lia, numa de suas longas noites, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então montá-lo em tamanho natural, numa gruta da cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

A Sagrada Família, os reis magos, os pastores, as ovelhas, o boi e a vaca, são símbolos desta noite de alegria, e também da humildade e dos futuros sofrimentos de Cristo.

Os pastores foram os primeiros adoradores de Cristo. Ligados a eles, estão os carneiros, mansas criaturas muitas vezes usadas para simbolizar a humildade de Cristo como o Divino Pastor.

Nessa mesma noite sagrada, uma estrela andou pelo céu e se localizou em cima da manjedoura, transformando-se no símbolo do divino guia. Deus dirigiu por intermédio dela quem quis acreditar no nascimento de seu filho. O boi e a vaca, figuras sempre presentes no presépio, ilustram a humildade de todas as criaturas do mundo, reconhecendo e homenageando Cristo como filho de Deus.

Três reis também foram saudar o recém-nascido. Os homens sábios, ou magos, visitaram a manjedoura depois do nascimento; levados pelo divino guia. Sua visita foi profetizada na Bíblia no salmo 71 e em Isaías 60, como reis levando presentes de incenso, ouro e mirra para o Salvador.

Histórias sobre a Árvore de Natal

Muito antes da era cristã, era costume, no Norte da Europa, afastar os maus espíritos das árvores para que mesmo no inverno elas permanecessem verdes. Os ramos das coníferaseram ainda símbolo da esperança de regressarem à primavera e ao verão – estações em que o Sol daria nova força ao homem e à natureza.

Quando São Vilfrido (634-710) monge anglo-saxão, começou a pregar o Cristianismo na Europa Central, encontrou crenças pagãs arraigadas entre esses povos, uma das quais a do espírito que habitava no carvalho. Para destruí-la, resolveu cortar um velho carvalho existente em frente à sua pequena igreja...

Segundo a lenda, nesse momento irrompeu violenta tempestade e um raio cortou o tronco em quatro pedaços. Porém um pinheirinho, novo e verdejante, que ficava ao lado do carvalho abatido, milagrosamente nada sofreu... Para São Vilfrido esse acontecimento representou uma mensagem do céu, pela qual a Divina Providência dava sua proteção à infância e à inocência. Naquela mesma noite, no seu sermão mencionou o fato, dizendo que o pinheirinho, poupado por Deus, representava a árvore da paz e da inocência.

Por conservar-se sempre verde durante todo o ano, mesmo nos mais rigorosos invernos, o pinheiro era um símbolo da imortalidade.

E no sermão de Natal, desse mesmo ano, São Vilfrido, associou o pinheiro
verdejante à imagem imortal do Menino Jesus. Assim, a árvore passou a representar um símbolo de Jesus Cristo, Vida e Luz do mundo.

Papai Noel

Mas como surgiu a figura de Papai Noel nas festas natalinas? Existe muita controvérsia sobre sua origem, porém a mais fidedigna das versões é que Papai Noel é a figura estilizada de São Nicolau, Santa Claus (corruptela de Sanctus Nicolaus) entre os ingleses e norte-americanos e, no resto da Europa, transformou-se em Papai Noel (Père Noel, em francês; Sinter Klaas, em holandês).

São Nicolau nasceu numa cidade da Ásia Menor, no ano 271 da era cristã. Filho de pais ricos, desfez-se da herança, distribuindo dinheiro aos pobres e presenteando crianças que não tinham com o que se alegrar. Chegou a bispo e, depois da sua morte, foi considerado santo. Os marinheiros, dos quais era tão amigo como das crianças, escolheram-no como patrono celestial e espalharam sua lenda pelo mundo inteiro.

Segundo a lenda, conta-se que o pai de Nicolau era muito rico, deixando para o filho enorme fortuna. O futuro santo, sempre generoso, soube que um vizinho estava em dificuldades para dar um casamento digno à sua filha. Nicolau, durante à noite, às escondidas, encheu uma pequena bolsa de moedas de ouro, jogando-a na janela do vizinho. E, com isso, aconteceu a festa. Mais tarde, repetiu o gesto com a segunda filha. Na terceira vez, o pai, na espreita,descobriu Nicolau, espalhando a notícia. Esta a razão. porque em algumas imagens de São Nicolau vêem-se as três bolsas de ouro.

A imagem que conhecemos, o simpático velhinho de barbas brancas, roupas vermelhas e sorriso nos lábios, nasceu de um quadro do pintor norte americano Thomas Nast, em pleno século XIX.

Apesar de a figura atual de Papai Noel representar mais um veículo de vendas comerciais do que um dos símbolos ligados diretamente ao nascimento de Jesus, é preciso reconhecer que ele ainda encerra certos valores que despertam, reavivam e fortalecem os sentimentos humanos e cristãos.

Presentes, um costume antigo

A primeira loja especializada em presentes de Natal e Ano Novo foi fundada em Paris, no ano de 1785. Mas a troca de presentes já era um costume popular desde a Roma antiga.

Durante as festas da Saturnália, os romanos ofereciam estatuetas de deuses, em argila, pedra-mármore, ouro ou prata, de acordo com suas posses.

Durante as calendas ou festividades do Ano Novo romano, também era costume colocar ramos de pinheiro na porta das casas de pessoas amigas. À medida que o Império progredia, a troca de presentes foi se tornando cada vez mais difundida e simbólica.

Os presentes de Natal, entretanto, foram idéia do papa Bonifácio, no século VII. No dia 25 de dezembro, terminada a missa, os sacerdotes benziam pães e os distribuíam ao povo.

Este, no dia 6 de janeiro, dia dos Reis Magos, retribuía com presentes.

Cartões, uma tradição britânica

O cartão de Natal surgiu em 1843, época em que os Contos de Natal de Charles Dickens acabavam de ser lançados. Foi quando Sir Henry Cole, diretor do British Museum of London, percebeu, quase no final do ano, que não teria mais tempo de escrever, à mão, as felicitações de Natal.

Quem fez os cartões, a seu pedido, foi o artista plástico mais em voga na época, John Callicot Horsley, membro da Royal Academy. Horsley pegou um cartão pequeno, quadrado, e dividiu-o em três partes. No centro, desenhou uma família reunida em volta da mesa, bebendo alegremente, e ao lado, crianças esfomeadas recebendo comida e roupas.
 
Na parte de baixo, escreveu: A Merry Chrístmas, a Happy New Year to you. Depois, os cartões foram impressos em litografia, cem ao todo, e coloridos a mão. Cole despachou cinqüenta pelo correio e vendeu o resto, cada um por 1 xelim.

Natal para os espíritas

Que nós - os espíritas - façamos algumas reflexões sobre o Natal. Que nos
esforcemos para ser, um dia, os verdadeiros discípulos de Jesus, eis que tantas vezes do Mestre nos afastamos, em gestos, em atitudes. O mundo atravessa dias cruciais, e o homem, divorciado de sua origem divina, esquece-se de que a grande força aglutinadora é, ainda, a fraternidade que nos une, que nos torna mais felizes.

No entanto, imperam forças opostas: o orgulho, a vaidade, a soberba. Todos querem ser superiores e, presos a essa promessa, esquecem-se de que somos irmãos, filhos do mesmo Pai. O Natal vem perdendo seu simbolismo de festa do amor, da família, com simplicidade e naturalidade.

Deixou de ser uma festa espiritual que recorda a vinda do mais elevado Espírito, o Cristo Governador do Mundo.

Festa da compreensão entre os homens, da humildade, para transformar-se em pretexto de um egocentrismo condenável sob todos os pontos de vista. Quanta diferença no Natal que nos querem impor ... Natal de variadas iguarias e de bebidas as mais sofisticadas, de esbanjamentos sem conta. Natal de muita publicidade, do "compre mais"... Em nome de Jesus ?! Judas, perturbado, vende o Mestre por trinta dinheiros, e que fazem os homens de hoje, consciente ou inconscientemente ?

Isto é uma lamentável deturpação, uma afronta à memória de Jesus! O Natal transformou-se numa autentica festa pagã, aumentando, ainda mais, a revolta do pobre que não pode dar ao filho a alegria de um brinquedo, que o faria sorrir; que nem sequer pode, nessa noite, saciar-lhe a fome, ou comprar um remédio para o outro doente...

Nós - os espíritas - que fizemos dos ensinos do Mestre uma razão de vida, não podemos calar-nos diante de fato tão contristador.

Precisamos nos unir, lembrando a Manjedoura de Belém num movimento de cristianização do Natal, impedindo que essa festa pela vaidade e egoísmo dos homens que só visam lucros, se perca na noite triste da incompreensão e do desamor.

Existem pessoas que se preocupam com a pobreza e com a criança abandonada; são, porém, insignificante minoria ante os males que se multiplicam. E preciso fazer muito mais e sempre, dentro de um programa intenso e de bom senso, para atenuar a infelicidade que envolve milhões de criaturas necessitadas de recursos e de orientação. Foi na manjedoura de Belém que Jesus, já ao nascer, deu o maior testemunho de humildade. E, ao término de suamissão, junto com os seus discípulos, na ceia com o pão e vinho, a todos lava os pés mostrando simbolicamente que todos devemos servir.”

FONTE: Cemepe.

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